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Adolescentes demoram mais para amadurecer do que há 40 anos

Fenômeno identificado por estudo nos EUA também estaria se repetindo no Brasil

Em tempos de internet e redes sociais, com amplo acesso à informação e oportunidades de interação, é de se imaginar que os jovens estão amadurecendo cada vez mais rápido. Mas se isso parece ser verdade do ponto de vista biológico, com vários estudos recentes indicando que a puberdade está começando mais cedo, pelo menos entre as meninas, em diversas populações, ocidentais ou não, o mesmo não pode ser dito da maturidade psicológica.

E, de fato, estudo publicado ontem no periódico científico "Child Development" indica que os adolescentes americanos de hoje estão se engajando menos em atividades de adultos do que os de gerações passadas, num fenômeno que também pode estar se repetindo no Brasil, ainda que por razões, e caminhos, diferentes.

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No estudo, pesquisadores da Universidade Estadual de San Diego, EUA, analisaram dados de sete grandes levantamentos com informações sobre o comportamento dos adolescentes do país, realizados entre os anos 1970 e 2016, com a participação de mais de 8,4 milhões de jovens com entre 13 e 19 anos na época em que foram feitos.

Para avaliar a "velocidade" de amadurecimento destes jovens, os cientistas se focaram em seis comportamentos básicos associados à vida adulta e que não são praticados por crianças: trabalhar por dinheiro; tirar, e usar, a carteira de motorista; sair sem a supervisão dos pais; ir a um encontro romântico; ingerir álcool; e fazer sexo. E, em todos eles, a geração atual de adolescentes americanos está se engajando menos que as anteriores, mesmo levando em conta variáveis como gênero, grupo étnico, situação socioeconômica e região de moradia, num "atraso" que, dependendo do parâmetro, chega a três anos.

- A trajetória de desenvolvimento da adolescência desacelerou, com os jovens amadurecendo mais devagar do que costumavam - resume Jean Twenge, professora a psicologia da universidade americana e líder do estudo. - Em termos de atividades adultas, os jovens de 18 anos de agora parecem os de 15 anos de outrora.

De acordo com o pediatra Victor Fornari, pode haver uma vantagem nesta tendência.

- Se podemos atrasar o consumo de álcool e a entrada na intimidade adulta, isso em geral é uma coisa boa - disse Fornari, diretor de psiquiatria infantil e adolescente do Hospital Zucker Hillside em Glen Oaks, Nova York. - Espero que isso resulte em menos problemas de alcoolismo adolescente e menos gravidezes indesejadas e doenças sexualmente transmissíveis - disse à agência de notícias AFP.

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