A lei que criou o Dia Estadual do Funk de São Paulo foi sancionada em 2016. A data simbólica, 7 de julho, serve como uma homenagem ao MC Daleste, cantor que morreu tragicamente em 2013 após ser baleado em um show.
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Com hits como “Menina de Vermelho”, Daleste fez história no gênero e é lembrado pela versatilidade e carisma. Nove anos depois, o legado de Daleste segue vivo no funk carioca, que ganhou um protagonismo ainda maior na cena musical brasileira e incorporou características de novos estilos, além de ganhar suas próprias individualidades. Artistas dos mais diversos e completos entraram para o gênero para somar.
Uma das músicas mais escutadas deste ano foi “Sentadona”, parceria de MC Frog, Davi Kneip e Gabriel do Borel que ganhou um remix com participação de Luísa Sonza. Um dos responsáveis pelo sucesso, Davi afirma que o funk é um estilo que sem dúvidas marca a música brasileira. “Em toda festa, se não tiver funk, as próprias pessoas pedem. É um estilo musical muito dançante e alegre, que faz todo mundo se divertir. E muitas vezes conscientizar também, porque o funk hoje em dia tem várias vertentes, é um estilo muito versátil que vai se adaptando de acordo com o que o brasileiro gosta.”
A conscientização, inclusive, tem sido um dos nortes na carreira de MC Livinho nos últimos anos. O cantor, conhecido por músicas bombadas como “Cheia de Marra”, divulgou em junho o single “Pare De Chorar Mãe”, com uma mensagem de conscientização sobre a realidade de muitos jovens que vivem na comunidade que entram para a vida do crime e das drogas por falta de perspectiva. Ao mesmo tempo, o clipe e a letra da canção trazem destaque às mães, que mais sofrem com essas tragédias tão comuns no Brasil e em outras partes do mundo. Livinho usou seu sucesso para ajudar na profissionalização da cultura e trazer grandes artistas ao estrelato.