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HOME > notícias > JULIE ALVES

Daniela Cattívaz uma Alagoana da arte!

Siga: @danielacattivaz

Ela nasceu em Penedo, seu amor pela arte começou ainda adolescente no Festival Estudantil de Teatro. Graduada em Serviço Social, conciliou sua faculdade com um curso de formação de atores.

Atriz, poetisa ela tem em seu currículo um longa metragem e diversas atuações teatrais. Atualmente trabalhando com animações de festas infantis com sua empresa - Cattívaz Produções revela: “As crianças são o meu respirar artístico e poético”

A coluna te convida a conhecer um pouco mais sobre essa grande alagoana.

Uma mulher de múltiplos talentos, podemos iniciar nosso bate papo assim? (risos)

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Podemos sim! Mas acredito que habilidades, seja melhor. Pelo fato de talentos trazerem uma sensação que só é para alguns e habilidades todos podem desenvolver. Sinto-me como alguém que foi descobrindo suas habilidades e decidiu trabalhar com arte por que era o lugar onde todas elas se encaixavam e se complementavam como se na arte houvesse a comunhão de todas as Danielas que vivem dentro de mim!

Você é de uma cidade de Alagoas chamada Penedo. Como despertou para a arte por ali?

Então... Tive a honra de nascer em Penedo! Vivi nos anos iniciais no povoado de Bonsucesso! Com oito anos regressei a Cidade histórica do Penedo, de monumentos arquitetônicos, casarões, igrejas, rochedos, museu e do meu sagrado Teatro Sete de Setembro! Veja, Penedo fora incluída como rota do turismo pelo Movimento Brasil de Turismo e Cultura (MBTC), com o Centro Histórico tombado pelo (IIPHAN). A cidade, também tem, parte de seu patrimônio histórico preservado, com destaque para o Paço Imperial, hospedagem de Dom Pedro II em 1859, onde estão expostas porcelanas, mobiliário e objetos que contam parte da história da cidade e do Brasil. E ainda temos o Rio São Francisco que em muitos momentos foi o meu lugar de paz e reflexão onde eu tirava meus chinelos e mergulhava meus pés em suas águas. Entretanto, a educação foi fundamental, pois, era através dos passeios da escola para visitar estes locais, que alimentava minha curiosidade pela arte. Até que aos 14 anos participei do Festival Estudantil de Teatro e não parei mais, comecei a ir assistir a todos os espetáculos, oficinas de interpretação, festivais literários. Sempre que ia ao centro passava na recepção do Teatro Sete de Setembro, pegava o panfleto com a programação do dia e ia voltando pra casa, pensando em como iria convencer meu pai, a me deixar ir, assistir o espetáculo da noite ou do dia seguinte...

E isso te levou a uma formação na arte dramática e serviço social. Nos fala um pouco sobre essas escolhas?

Quando comecei no Festival Estudantil de Teatro senti que ali era o meu lugar… Mas sentia vergonha de dizer que queria ser atriz, pois todos me diziam que eu deveria fazer medicina ou jornalismo. Contudo eu queria fazer teatro e ser professora; até que aos 17 anos compartilhei com alguém da vontade que queria ser atriz e essa pessoa me disse: “Há vai passar... Assim como uma criança quer ser cantora ou dançarina, depois passa é só uma fase Dani”! E essa frase, me corroeu a alma e passei longos anos da minha vida com vergonha de dizer que sonhava em me profissionalizar como atriz. Até que aos 19 anos, passei para cursar Serviço Social em Maceió e me mudei para a capital e como sempre gostei de estudar fiz o curso. Porém, algo faltava, parecia que um pedaço de mim estava solto, perdido… Até que minha prima falou do curso de formação de ator que tinha na cidade, daí fui lá e fiz minha matrícula, passei no teste prático e cursei os dois cursos ao mesmo tempo. Não foi nada fácil! Entretanto, como tive vários professores/educadores magistrais, aproveito para oportunidade para homenageá-los, agradecendo por todas as vezes que me indicaram para trabalhos e jobs artísticos. Já na graduação como assistente social, ainda não tive a oportunidade de atuar profissionalmente falando, mas, aplico no dia a dia, todos os ensinamentos lá aprendidos ao qual me fez ver o mundo de maneira madura e prática.

Nos fala um pouco sobre seu trabalho como atriz e poetisa

Na adolescência me sentia envolta a turbilhões de dúvidas, dores e incertezas. Tinha a Impressão que ninguém tinha as respostas que eu precisava, por isso, comecei a escrever um diário, com o passar dos dias, percebi que escrever apenas o que acontecia, não eram suficientes para me satisfazer, então comecei a escrever como eu me sentia e percebia o mundo. Depois, em conversa com o diretor de teatro Claudio Albuquerque do Casarão das Artes de Jundiaí, com o qual fiz uma oficina de interpretação e que até hoje é minha referência profissional. Ele me perguntou se eu escrevia poesia e eu falei que não. Disse que apenas tinha um diário e mostrei a ele e ele disse: Dani isso é poesia! E assim ele me encorajou a me escrever no Festival de Poesia e Conto da Academia Penedense de Letras, Artes, Cultura e Ciência (APLACC). E conquistei o primeiro lugar com o texto: Vontade da Poesia. E até hoje continuo escrevendo, bem como, também já fiz poesias por encomenda para recitar em cerimoniais e demais eventos. Como atriz me desdobro fazendo o máximo de trabalhos que posso na área, faço: animação em festas infantis, maquiagem, pinturinhas faciais, cabelo, desenho e costuro meus figurinos, atuo, escrevo e dirijo espetáculos, apresento cerimoniais, comerciais enfim, surgiu oportunidade já tô indo! (risos).

Vejo que você atua com crianças. Algum motivo especial?

As crianças são o meu respirar artístico e poético. Elas são verdadeiras, honestas, puras, doces e sinceras. O contato com elas me faz refletir e fortalecer meus valores pessoais e profissionais. Elas me ajudam a ser cada vez melhor… Amo profundamente estar com elas e mergulhar no universo ao qual tenho a honra de conhecer e brincar junto. Um dos meus sonhos é futuramente desenvolver um trabalho social para cuidar de crianças contribuindo no direito que elas têm de serem simplesmente crianças!

Nos conta do seu primeiro longa metragem?

A princípio veio aquele susto e sensação de que não estava preparada o suficiente, mas hoje sinto que a trajetória vai nos preparando então p segredo é dar o primeiro passo! Acredito que foi o trabalho mais difícil que fiz até hoje como atriz. Em 2021 fiz meu primeiro curso de interpretação para cinema com Mariana Ruggiero de Belo Horizonte, e me apaixonei ainda mais pelo cinema e comecei a folhear panfletos de filmes alagoanos para pesquisar os diretores que tinham filmes recentes e comecei a enviar meus materiais de trabalhos para eles... Até que no décimo quinto e-mail, já estava quase sem esperança por

que nada aparecia; aconselharam a enviar os e-mails e esquecer... Então continuei mandando e esqueci (Risos).

Enfim, dias depois recebi uma mensagem de indicação para um longa metragem e fiz. Como estava acostumada com o Teatro entrei em crise pois inicialmente, não conseguia sentir a personagem e já estavam perto do início das gravações então resolvi cortar o cabelo raspar a lateral como a direção me sugeriu, mas mesmo com cabelo e vestindo o figurino ainda não estava segura até que conversando com Mari ela me aconselhou que no primeiro dia de gravação eu colocasse em mente que estava indo ao encontro da minha personagem, estava indo na casa dela, então que observasse tudo, e me sentisse parte daquele lugar!

E assim fiz quando entrei no quarto da minha personagem fui consumida por quilômetros de emoção, foi tão forte e genuíno como se eu já tivesse pisado ali antes que eu me deitei na cama me enrolei da cabeça aos pés e chorei. Foi inesquecível.

Em suas produções aborda assuntos de suma importância para o cotidiano. Esse é seu foco na arte?

Eu sou apaixonada pela complexidade humana, sendo assim poder realizar trabalhos que possam falar sobre assuntos intrínsecos a nossa vida é ao mesmo tempo falar sobre eu mesma por perspectivas diferentes, é construir um elo de comunicação e identificação mútua de forma que no fim buscamos o mesmo intuito: Ser feliz! Pois acredito que quem não ver beleza no cotidiano ainda não descobriu a fonte da verdadeira beleza da vida. Mas sem condenação! O tempo de despertar de cada pessoa é diferente, único e especial e aí já é uma forma de beleza e arte.

Quem é a Daniela Cattívaz?

Apenas alguém que não quer morrer com o arrependimento de não ter tentado ser feliz.

Ainda é difícil viver da arte no Brasil?

Penso que todas as profissão são difíceis... Eu parei de reproduzir essa frase por que ouvi tanto as pessoas dizendo que é difícil viver de arte no Brasil, mas me diga o que é fácil nessa vida? Nada é fácil! Aqui ou em qualquer outro lugar do mundo! Mas se é o que se ama fazer a receita é a mesma: Acreditar, tentar e jamais desistir! Particularmente, como nunca morei em outro estado aqui em Alagoas, a secretaria nos últimos anos, vem fazendo bom trabalho; Com elaboração e publicação de editais. Contudo, acredito que ainda falta muito a caminhar, sinto dificuldades de conseguir locais para ensaiar, raramente espetáculos teatrais entram em temporadas, conseguir valores acessíveis de ingressos, politicas de incentivo a formação continuada dos artistas, para que não precisem sair do estado para se especializar na área... Vejo muitos colegas de trabalho que vivem jornada dupla de manhã emprego formal e a noite arte pois pagar as contas apenas com arte não é possível! Essa situação me dói e é frustrante gostaria de conseguir mudar essa realidade. A produção audiovisual tem crescido muito aqui, fico feliz em ver curtas e longas Alagoanas ganhando visibilidade, mas raramente vejo testes para a área e quando aparece nem fico sabendo e curso de interpretação para cinema e televisão aqui é raro. Por isso fico participando de Workshops online enquanto não aparecem presenciais.

Nos conta o que planeja para esse ano que está apenas começando?

Trazer para o mundo real todos os sonhos que eu acreditava que só eram possíveis na minha cabeça! Então, este ano tomei a decisão de ir para o Rio de Janeiro – RJ (onde sonhava morar um dia) para fazer minha pós-graduação em Direção Teatral na Casa das Artes de Laranjeiras – CAL que inicia-se em maio/23.

Antes de ir, se incentivo tiver... Sonho poder realizar um espetáculo Teatral no Teatro Deodoro aqui em Maceió a fim de levantar recursos financeiros para conseguir pagar todo ou boa parte da minha pós-graduação, pois durante todos esses anos não consegui ter uma reserva. Além disso, pretendo fazer outra apresentação em Penedo no Teatro Sete de Setembro onde tudo começou. E recentemente criei meu brechó online onde todo dinheiro arrecadado será para custear minhas despesas da viagem para o curso.

Para, além disso, continuar de braços abertos para o futuro que eu costumo chamar de “O Agora”.

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