São Paulo – O Hospital da Mulher da Unicamp, em Campinas, no interior paulista, confirmou nesta quarta-feira (7/6) o primeiro caso do superfungo Candida auris registrado em São Paulo. O paciente é um bebê prematuro.
O Candida auris é um fungo resistente a antibióticos, com alta taxa de letalidade e capaz de se espalhar rapidamente. Dados do Centro para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos estimam que metade dos pacientes morre três meses após a infecção.
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Segundo o hospital, o diagnóstico foi confirmado no dia 18 de maio em Campinas. “Desde então, todas as medidas de contenção e de tratamento têm sido tomadas”, afirma o comunicado.
Entre as medidas de precaução, o hospital determinou a desinfecção do local de internação e dos equipamentos com produto à base de peróxido de hidrogênio. A limpeza da área ocorre a cada 3 horas.
Investigação
O bebê apresenta boa evolução clínica, apesar de “condições associadas” à sua prematuridade e baixo peso. O quadro não estaria diretamente ligado à infecção, de acordo com o hospital.
Durante a internação, os artigos e produtos de saúde são usados exclusivamente pelo bebê. O paciente também teve redução do número de visitas, que são obrigadas a usar luvas e avental. “A movimentação dos pais dentro do hospital deve ser a mínima e indispensável”, diz.
A unidade também diz que o rastreamento do agente patológico está em andamento e foi realizada uma “ampla investigação” entre outros pacientes. Nenhum outro caso foi confirmado até o momento.
“Como princípio metodológico de redução do risco de disseminação do fungo, o Hospital adotou precaução de contato no tratamento de bebês que tenham sido atendidos por profissionais com histórico de contato direto com o caso”, afirma o comunicado.
“Iniciar essa medida frente à simples hipótese de infecção ajuda a conter a disseminação”.