A Fundação Pró-Sangue e o Hospital das Clínicas de São Paulo receberam até está segunda-feira (13) a inscrição de 90 voluntários doadores para o estudo clínico dos efeitos do plasma de pessoas curadas do coronavírus em pacientes ainda doentes.
O estudo é realizado por um consórcio formado entre os hospitais Albert Einstein, Sírio-Libanês e Hospital das Clínicas, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), USP Ribeirão Preto e a Unicamp. Essas instituições receberam autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para iniciar a aplicação clínica do plasma e conferir os efeitos práticos da substância na recuperação de pacientes ainda internados com a Covid-19.
Leia também
O grupo ganhou o nome de Consórcio Paulista para Estudo do Plasma Convalescente e a coordenação será conduzida pelo Hospital das Clínicas.
Segundo o professor Titular de Hematologia da Faculdade Medicina da USP e Diretor-presidente da Fundação Pró-Sangue, Vanderson Rocha, dos 90 voluntários inscritos para fazerem a doação do plasma, 15 já colheram exames e estão aptos para que a substância seja usada nos pacientes que participarão do estudo. Outros 40 estão em análise clínica.
Rocha afirma, porém, que mais pessoas precisam se apresentar para participar do estudo para que o estoque de plasma disponível dê conta dos pacientes que participarão dos testes clínicos.
"É importante que as pessoas que se curaram participem porque somente 1 a cada 5 voluntários devem preencher os critérios de doação do plasma para os pacientes ainda doentes. Todo voluntário passa por análise, porque não são todos que estão aptos a participar do estudo e fazer a doação", afirma Vanderson Rocha.