Os carboidratos são elementos básicos e importantes para a saúde que devem estar presentes no prato todos os dias para manter uma alimentação saudável e equilibrada. Restringir a dieta ou consumi-los em excesso pode ser perigoso e fazer mal ao organismo, com alerta um estudo que está sendo desenvolvido na Universidade Federal de Sergipe financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec).
Os alimentos que contém carboidratos são fontes primárias de energia e funcionam como combustível para o cérebro, medula, nervos e células vermelhas do sangue, ou seja, mantêm o corpo funcionando. Por isso, a deficiência deles pode trazer riscos para o sistema nervoso central e para o organismo, de maneira geral.
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Ao mesmo tempo em que as pessoas buscam perder peso para ter qualidade de vida fazendo dietas e praticando atividades físicas para combater doenças, devem ficar atentas para não ?radicalizar? e prejudicar a saúde. Antes de iniciar é o processo é importante procurar acompanhamento de especialistas.
Para ?lutar contra a balança?, as pessoas não podem simplesmente deixar de comer alguns grupos alimentícios como os carboidratos ou proteínas. Especialistas indicam reeducação alimentar com distribuição de todos os alimentos, aliado a prática de exercícios físicos.
A pesquisa realizada na UFS sob coordenação da doutora em nutrição, Raquel Simões Mendes Neto, avalia o efeito da perda de peso em adultos com excesso de gordura. O estudo destaca que a restrição de carboidratos na dieta é uma das primeiras atitudes tomadas por quem deseja perder peso, mas a pesquisa alerta que a falta de carboidratos no cardápio leva danos à saúde.
"O estudo já pode indicar que o organismo necessita de carboidratos e a falta deles afetam a saúde. Os carboidratos são fundamentais para o bom funcionamento do corpo. A falta dos carboidratos na dieta compromete o humor e provoca baixa autoestima, sensação de tristeza, queda da energia e traz repercussões comportamentais e psicológicas muito negativas. A imunidade também pode ser reduzida", garante a professora.
A pesquisa analisa três grupos: pessoas que não comem carboidratos, um grupo que come carboidratos e pratica pelo menos um tipo leve de exercício físico como caminhada e pessoas que praticam treinamento funcional com séries intensas de exercícios com períodos de descanso.
"A pesquisa estuda também o tipo de exercício adequado para aliar na perda de gordura corporal de cada pessoa e avalia a orientação nutricional que teria a maior eficiência na redução ponderal e de paramentos sanguíneo como colesterol, controle da glicemia, controle hormonal e os parâmetros imunológicos", explica Raquel Simões.
A coordenadora orienta como ter uma alimentação saudável. "É necessário comer de três a quatro porções de frutas por dia, de quatro a seis porções de verduras e legumes e uma boa ingestão hídrica. Além de inserir salada e legumes no almoço e jantar evitando ao máximo o excesso na alimentação. Muita gente ?come pelos olhos? e isso não é saudável. A dica é parar de comer antes de se sentir muito cheio", explica.
Raquel Simões disse que a pesquisa indica que evitar açucares, salgados e bebidas alcoólicas ao longo dos dias favorece o ganho de peso. "Se evitar a entrada desses alimentos e realizar exercícios físicos, a pessoa sai da faixa de risco mais rápido do que imagina", garante.
"A pesquisa quer ainda definir protocolos melhores quanto à perda de peso, como também, o protocolo de exercício", adianta.