A pergunta mais adequada seria se precisamos de uma vacina atualizada contra a Covid-19. Essa resposta deve ser dada no contexto de uma pandemia que ganha cada vez mais complexidade. O vírus Sars-CoV-2, causador da doença, surpreendeu a ciência com a sua velocidade de disseminação e de produção de novas mutações.
Em novembro deste ano completaram-se dois anos da identificação da variante Ômicron por cientistas da África do Sul. A Ômicron e suas sublinhagens ampliaram muito a quantidade de pessoas infectadas, mas também fizeram cair a gravidade e a mortalidade. Atualmente, não sabemos ao certo se o que estamos vendo nos últimos meses é uma variante do time da XBB ou outra com mutações pequenas ainda não identificadas, mas fato é que depois de dois meses os casos começaram a cair novamente.
Leia também
A lição aprendida a duras penas sobre a Covid-19 foi que quanto maior o número de casos, maior a probabilidade de mutações do vírus e de novas versões com capacidade de espalhamento mais intensa do que a anterior. Foi o que vimos em novembro de 2021, quando o Sars-CoV-2 deu um salto com o surgimento da nova variante Ômicron. Com mais de 50 mutações na proteína usada pelo patógeno para penetrar nas células humanas (Spike), a variante Ômicron conseguiu furar a barreira das vacinas disponíveis. Com isso, pessoas vacinadas também podiam pegar a nova cepa.