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HOME > notícias > CIÊNCIA E SAÚDE

Por que os bebês sofrem mais com as doenças respiratórias?

Como ainda não desenvolveram anticorpos contra vírus e bactérias, as crianças ficam vulneráveis às enfermidades

Os bebês são cheios de energia e contam com um metabolismo de causar inveja a qualquer adulto, mas têm uma fragilidade: sofrem mais com problemas respiratórios do que pessoas de outras idades. Isso ocorre porque eles ainda não entraram em contato com vírus e bactérias para produzir seus anticorpos. É o que os médicos chamam de inexperiência imunológica.

A pneumopediatra Maria Buarque de Almeida, do núcleo de especialidades pediátricas do hospital Sírio Libanês, conta que, até os seis meses, as crianças ainda carregam as proteções da mãe, herdadas na gravidez. Mas depois, no mesmo período em que ficam órfãs desses anticorpos, elas costumam ingressar nas creches com o retorno da mãe ao mercado de trabalho, o que facilita o contágio com as enfermidades.

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"É comum que o bebê fique doente e tenha mais doenças respiratórias nesse período. As crianças podem pegar dos colegas ou de outros adultos. Por isso, é sempre importante manter o bebê que está doente em casa e não deixar os pequenos em contato com adultos com o vírus", recomenda Maria.

A primeira fase da infância aparece como crítica para doenças respiratórias também porque a criança ainda está tomando as vacinas, explica o pneumopediatra Cássio da Cunha Ibiapina, do Departamento Científico de Pneumologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

"Quando uma criança de 10 anos está com o nariz escorrendo ou com dor de garganta, por exemplo, é bom ficar atento. Mas preocupação, mesmo, se deve ter se ela tiver menos de dois anos e apresentar esses sintomas. Nos bebês, pode ser muito grave", alerta o especialista.

A situação começa a se tornar menos preocupante nos anos seguintes da criança, porque o pulmão atinge um grau maior de desenvolvimento. "Esse órgão continua se formando mesmo depois do nascimento. A gente forma grande parte dos nossos alvéolos no último trimestre da gravidez e esse processo segue pelo menos até os dois anos. Por isso, é importante manter esse pulmão e saúde respiratória mais protegidos", afirma Maria.

Com seis anos, a criança conta com 6 milhões de alvéolos, 4 milhões a mais do que no nascimento em parto aos nove meses de gestação. O que é uma desvantagem no início da vida, por tornar o comprometimento de algumas doenças mais graves, torna-se uma vantagem no futuro.

"Se o bebê tem alguma pneumonia, doença que gera cicatriz, por exemplo, o pulmão ainda vai se desenvolver e gerar novos alvéolos", explica Ibiapina.

É por isso que os prematuros exigem cuidados especiais. Como têm menos alvéolos quando o bebê nasce antecipadamente, os pulmões costumam estar menos preparados.

"Em alguns casos, o prematuro pode nunca ter uma função respiratória normal. Muitos nunca vão ter o pulmão de uma outra criança da mesma idade, mas que nasceu no tempo certo, por exemplo", diz Maria.

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