Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > CIÊNCIA E SAÚDE

Melhoria genética vai prolongar efeito do 'Aedes transgênico'

Um melhoramento genético no mosquito modificado vai matar larvas do Aedes fêmea, que pica e transmite doenças, e permitir a sobrevivência de machos

Em uma nova fase de testes com Aedes aegypti geneticamente modificado, uma seleção genética fará com que só as fêmeas -- as que picam humanos e transmitem zika, dengue e chikungunya -- morram. Antes, todas as larvas do mosquito, sem distinção de sexo, eram eliminadas.

Os machos modificados vão sobreviver e vão continuar a esterilizar fêmeas selvagens. A ideia é prolongar ao máximo o efeito do mosquito transgênico que, agora, ganha a capacidade de se reproduzir sozinho.

Leia também

O projeto da empresa britânica Oxitec, que já liberou mosquitos no município de Piracicaba, modifica geneticamente o DNA do Aedes aegypti para que o mosquito, paulatinamente, ?desapareça? do meio ambiente.

Segundo a Oxitec, o mosquito geneticamente modificado conseguiu reduzir em 82% a quantidade de larvas do Aedes aegypti no município.

?É importante esterilizar a fêmea porque ela é o vetor?, explica Cecília Kosmann, coordenadora do suporte científico da Oxitec. ?A gente espera ter pelo menos os mesmos resultados que tivemos com a primeira linhagem.?

A Oxitec, empresa que fabrica os mosquitos, recebeu a autorização para fazer testes com a nova linhagem no município de Indaiatuba, no interior de São Paulo.

A permissão foi dada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) na quinta-feira (3), para uma emissão controlada. Ao todo, os testes vão levar 36 meses, mas não há uma data prevista para o início.

Todas as iniciativas da Oxitec estão em fase de testes e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não concedeu autorização para que a empresa comercialize os mosquitos.

Como funciona a tecnologia

Na primeira fase do projeto, que começou em 2002 no Reino Unido, o Aedes recebeu um gene que impede que seus descendentes cheguem à fase adulta.

O Aedes modificado foi cultivado e proliferado. Na fase de larva, como a empresa não conseguia distinguir macho de fêmea, uma substância foi colocada na água para silenciar o gene.

Com isso, todos os Aedes sobreviveram -- embora o gene ainda estivesse lá.

Depois, as fêmeas foram separadas dos machos e descartadas. Em uma próxima etapa, os machos com os genes silenciados foram soltos no ambiente e, ao fertilizarem as fêmeas, tornaram a prole inviável e todas as larvas morreram. Essa é a etapa que a Oxitec testou até agora.

A diferença com a melhoria é que, por meio de um mecanismo de biologia molecular chamado de ?sex splicing?, que silencia o gene modificado, as larvas dos machos vão conseguir sobreviver.

A metodologia analisa o cromossomo das larvas e consegue diferenciar quem é macho e fêmea para, assim, silenciar o gene só do macho.

?É um mecanismo muito usado em estudos e, aplicado aqui, faz com que o efeito do mosquito transgênico se prolongue?, explica Cecília.

Os mosquitos machos conseguem sobreviver e preservar a capacidade de esterilizar as fêmeas sem que a empresa tenha que liberar novos mosquitos modificados. Nessa primeira fase de testes, no entanto, os mosquitos transgênicos vão continuar a ser soltos semanalmente.

Além da eliminação do mosquito, a empresa diz que trata-se de um processo mais enxuto que pode reduzir custos e conferir melhor saúde ao Aedes modificado -- o que também garantiria sua maior permanência no ambiente.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Tags

Relacionadas