Segundo a ciência, beber uma taça de vinho todos os dias pode trazer inúmeros benefícios para a saúde — além de ser saudável para o coração, o líquido também é interessante para manter a microbiota intestinal saudável. Porém, para isso, é preciso variedade: nada de escolher um vinho de estimação, o ideal é sempre procurar uvas diferentes.
O professor de epidemiologia Tim Spector, do King’s College London, no Reino Unido, explica que, assim como acontece com os vegetais e frutas, que devem ser variados na composição da dieta, o mesmo acontece com o vinho.
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“A diversidade é importante — se você levar em consideração a analogia com a comida, ter uma variedade de uvas na dieta significa que se está ajudando diferentes microrganismos no intestino e promovendo a diversidade deles. Por isso, não fique sempre tomando o mesmo vinho. Teste centenas e milhares de uvas diferentes”, diz o médico.
Em 2019, um estudo liderado por Spector mostrou que pessoas que tomavam vinho tinto tinham uma quantidade maior de bactérias diferentes no intestino, o que não foi observado no vinho branco ou no suco de uva convencional. A diferença da versão tinta é que a casca da uva, que é deixada como parte do processo de fermentação, é rica em polifenois, um composto capaz de reduzir a inflamação do organismo.
Spector lembra que o consumo de vinho deve ser feito com moderação, não passando das duas taças por dia, e que o ideal é encaixar a bebida no almoço, ou antes do jantar, para não atrapalhar o sono. Apesar de o vinho dar vontade de dormir, a qualidade do descanso é afetada por conta do álcool.
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