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Maconha pode encolher testículos e prejudicar fertilidade, diz estudo

THC, composto responsável pelos efeitos alucinógenos, pode prejudicar a qualidade do sêmen, além de diminuir os testículos em cerca de 56%

Pesquisadores da Oregon Health & Science University, nos Estados Unidos, descobriram que o consumo de maconha pode prejudicar a fertilidade masculina, além de diminuir o tamanho dos testículos. Os resultados foram publicados na revista Fertility and Sterility no último domingo (26/3).

Segundo os cientistas, o responsável por essas mudanças é o THC, principal componente da planta cannabis e responsável pelos efeitos alucinógenos. No entanto, os danos podem ser revertidos caso os usuários parem de consumir o composto.

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Para chegar aos resultados, os pesquisadores deram a macacos doses crescentes de THC comestível durante sete meses. Eles mediram as mudanças nos órgãos genitais dos animais e analisaram os seus espematozoides.

Os cientistas concluíram que os testículos dos animais reduziram aproximadamente 12,6 centímetros cúbicos, ou 59% do volume total. A qualidade do esperma também piorou significativamente por causa dos níveis mais baixos de testosterona.

No entanto, quatro meses após a interrupção da exposição ao THC, os efeitos foram parcialmente revertidos. Os testículos voltaram a 73% do tamanho original e o sêmen melhorou de qualidade.

De acordo com Jamie Lo, um dos autores do estudo, entender o efeito da droga sobre a fertilidade é crucial à medida em que mais estados americanos buscam legalizá-la.

“Agora podemos garantir com mais confiança aos pacientes que, ao se abster de THC por pelo menos quatro meses, os impactos da substância na fertilidade masculina podem ser parcialmente revertidos”, pontua.

Já o pesquisador Jason Hedges explica que, mesmo em doses moderadas, o THC pode afetar os resultados de fertilidade, tornando uma preocupação séria para os profissionais da saúde. “Quanto mais entendermos e definirmos esse problema, melhores informações poderemos fornecer aos pacientes para otimizar sua saúde reprodutiva”, finaliza.

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