A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informa à população de Alagoas que o esquema vacinal contra a Poliomielite vai passar por mudanças. Conforme nota técnica emitida pelo Ministério da Saúde (MS), as doses da Vacina Oral Poliomielite Bivalente (VOPb), a da gotinha, serão substituídas pela Vacina Inativada Poliomielite (VIP), que tem aplicação injetável.
Atualmente, o esquema vacinal contra a doença prevê o uso da vacina injetável nas três primeiras doses (2, 4 e 6 meses). Já as doses de reforço são ministradas com a vacina oral, aos 15 meses (4º dose) e aos 4 anos de idade (5º dose). Com a alteração, a partir do dia 4 de novembro, a dose de reforço será aplicada somente aos 15 meses e com a vacina injetável.
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A partir de 28 deste mês, o Ministério da Saúde vai aplicar uma logística reversa para a retirada das doses da vacina oral que restaram no Brasil. Dessa forma, os municípios devem devolver os imunizantes em gotinha para o Estado, que fará o envio de volta ao MS.
“Já estamos em contato com os coordenadores das regiões de Saúde de Alagoas para explicarmos como vai ser essa transição, para que tudo funcione conforme o previsto”, disse a coordenadora do PNI/AL.
Cobertura vacinal
Após enfrentar uma queda desde 2016, a cobertura vacinal para Poliomielite no Brasil alcançou 86,55% em 2023, ante os 77,20% em 2022, conforme os números da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Em Alagoas, a cobertura vacinal contra Pólio chegou a 90,96% no ano passado. Já este ano, está em 88,12%. A meta preconizada pelo MS é vacinar, no mínimo, 95% das crianças de 1 a menores de 5 anos de idade.
De acordo com o Ministério da Saúde, a nova estratégia para uso da VIP é mais um passo na erradicação no Brasil da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. O país está há 34 anos sem a doença e contabiliza 47 anos de sucesso de uso da VOP nas estratégias de vacinação no combate contra a Polio, desde que foi introduzida de forma oficial em 1977.
Símbolo da campanha contra Pólio, o personagem Zé Gotinha é uma marca da luta contra a doença. O mascote já atuou diversas vezes para mobilizar e incentivar a vacinação. Mesmo com o fim do uso da vacina oral, Zé deve continuar sendo usado para alertar a população sobre a importância da vacinação, segundo informações do Ministério da Saúde.
*Com assessoria