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Doadores de sangue têm menor risco de desenvolver câncer, diz estudo

Segundo pesquisa, a doação pode favorecer mutações genéticas que ajudam o corpo a se recuperar melhor da perda de sangue


			
				Doadores de sangue têm menor risco de desenvolver câncer, diz estudo
Novo estudo sugere que a doação de sangue frequente pode proteger contra leucemia. Westend61/GettyImages

Conforme envelhecemos, as células-tronco da medula óssea acumulam mutações, o que favorece o surgimento de células sanguíneas com composição genética diferente e, consequentemente, aumentam o risco de cânceres no sangue, como a leucemia. No entanto, um novo estudo mostrou que, quando as pessoas doam sangue com frequência, esse risco pode ser diminuído.

O trabalho, realizado por pesquisadores do Instituto Francis Crick, em Londres, na Inglaterra, analisou amostras de sangue coletadas de mais de 200 doadores frequentes de sangue — pessoas que fizeram três doações por ano ao longo de 40 anos — e doadores esporádicos, que doaram sangue menos de cinco vezes no total.

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Os pesquisadores descobriram que ambos os grupos mostraram um nível semelhante de células geneticamente diferentes, mas a composição dessas células era diferente. Segundo o estudo, ambos os grupos tinham clones com alterações em um gene chamado DNMT3A, conhecido por sofrer mutação em pessoas que desenvolvem leucemia.

No entanto, as mutações encontradas nos doadores frequentes não estavam associadas ao câncer. Para entender o motivo, os cientistas testaram essas mutações em laboratório e em camundongos.

Como o estudo foi feito?

No experimento feito em laboratório, os pesquisadores editaram o gene DNMT3A em células-tronco humanas, induzindo mudanças genéticas associadas à leucemia e, também, as mudanças não pré-leucêmicas observadas no grupo de doadores frequentes.

Essas células foram cultivadas em dois ambientes: um contendo eritropoietina (EPO), um hormônio que estimula a produção de glóbulos vermelhos — que aumenta após cada doação de sangue — e outro contendo substâncias químicas inflamatórias para replicar uma infecção.

Segundo os pesquisadores, as mutações vistas nos doadores frequentes ajudavam as células a crescer quando havia a necessidade de repor sangue perdido, como acontece após uma doação. Já as mutações associadas ao câncer cresceram no ambiente que imitava uma infecção.

Por fim, a equipe transplantou as células-tronco humanas carregando os dois tipos de mutação em camundongos. Alguns deles tiveram o sangue removido e receberam injeções de EPO para imitar um cenário semelhante à doação de sangue.

Nesses camundongos, as células com mutações do doador frequente cresceram normalmente e promoveram a produção de glóbulos vermelhos sem que as células se tornassem cancerosas. Por outro lado, as mutações pré-leucêmicas impulsionaram o aumento de glóbulos brancos.

A pesquisa sugere que a doação regular de sangue pode favorecer mutações genéticas que ajudam o corpo a se recuperar melhor da perda de sangue — sem aumentar o risco de leucemia.

“Nosso trabalho é um exemplo fascinante de como nossos genes interagem com o ambiente e conforme envelhecemos. Atividades que colocam baixos níveis de estresse na produção de células sanguíneas permitem que nossas células-tronco sanguíneas se renovem e achamos que isso favorece mutações que promovem ainda mais o crescimento das células-tronco em vez de doenças”, afirma Dominique Bonnet, líder de grupo do Laboratório de Células-Tronco Hematopoiéticas no Crick e autor sênior do estudo, em comunicado.

No entanto, o pesquisador ressalta que o estudo foi realizado em uma amostra pequena e, portanto, não é possível afirmar que a doação de sangue definitivamente diminui a incidência de mutações pré-leucêmicas. “Precisaremos analisar esses resultados em números muito maiores de pessoas”, afirma.

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