A chegada de mais duas grávidas no começo da tarde desta quarta-feira (22) à Maternidade Santa Mônica agravou ainda mais a situação de superlotação na unidade. Sete gestantes de alto risco estão acomodadas em cadeiras devido à falta de leitos.
O problema fez com que a direção da unidade cancelasse todas as cirurgias eletivas até que se resolva o problema, pois não há leitos para o pós-operatório. De acordo com a assessoria da maternidade, duas cirurgias estavam marcadas para hoje.
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Além das mulheres internas em cadeiras, outras oito estão nos corredores da unidade. Três delas estão em situação de pré-parto, em macas. No geral, são 85 internas na Santa Mônica.
A situação da maternidade foi amplamente divulgada esta semana, com denúncias das internas relatando, inclusive em vídeos, como tem sido a situação na maternidade. Por meio de nota à imprensa, a unidade informou que só conseguiu a transferência de uma grávida para o Hospital Universitário (HU), que também está lotado.
Como medida para atenuar os problemas, a Santa Mônica informou que está garantindo a assistência da equipe multiprofissional e dos procedimentos necessários para as gestantes de alto risco internas em cadeiras, até o surgimento de leitos vagos ou transferência.
COMISSÃO
Também nesta quarta-feira (22), a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), responsável pela Santa Mônica, anunciou a criação de uma comissão de acompanhamento para auxiliar na regularização do abastecimento da maternidade. "A comissão terá como tarefa traçar o planejamento de aquisição e dispensação de medicamentos e de insumos e evitar que situações de desabastecimento se repitam", informou a Uncisal.
Segundo a Uncisal, a situação na unidade de saúde é agravada pelo quadro de superlotação, provocado pelo não acolhimento de gestantes em outras maternidades de Maceió.