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HOME > notícias > CIÊNCIA E SAÚDE

Alagoas programa vacinação de grupos de risco em hospitais para Covid-19

Problema foi denunciado na semana passada pelo deputado estadual Davi Maia (DEM) em suas redes sociais

A denúncia do deputado Davi Maia (DEM-AL), apontando que a vacinação contra a Covid-19 em Alagoas ocorre em locais direcionados ao tratamento de casos confirmados da doença, repercutiu nacionalmente.

Em matéria publicada neste domingo (9), o Uol confirmou que as doses da vacina Pfizer/BioNtech vão ocorrer no Hospital da Mulher e no Hospital Metropolitano, em Maceió. As duas unidades, desde que a pandemia se tornou realidade, atendem exclusivamente pacientes com a doença.

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Diante da repercussão negativa, o Governo do Estado informou que foram destinadas 2.020 doses das vacina para Maceió e Arapiraca. Quanto aos locais de vacinação, garante que estão em áreas "não Covid-19".

Têm direito a vacina: gestantes e puérperas com comorbidades que tenham a partir de 18 anos; gestantes e puérperas sem comorbidades a partir de 35 anos; e pessoas transplantadas a partir de 18 anos.

Para tomar a primeira dose é necessário fazer o agendamento no site do governo. Não há previsão de quando todas as gestantes poderão receber a vacina.

Grávida de 22 semanas e isolada em casa, Renata Marinho, 24 anos, ainda não está contemplada nessa etapa da vacinação. Mas contou que está com medo de ir se vacinar quando chegar a vez dela, depois que viu no link de agendamento onde a vacinação está sendo realizada. Ela disse que precisou de atendimento médico, mas não foi ao hospital para não se expor e critica os locais destinados à vacinação de grávidas.

"Estranhei quando abri o link de inscrição e vi apenas hospitais como opção de vacinação. Antes, eu acreditava que aconteceria apenas em drive-thru, na rua. As gestantes deveriam ser vacinadas em pontos específicos, em área aberta, como vi na praia, no estacionamento de Jaraguá", opinou. "Já tive algumas crises de ansiedade e não fui ao hospital por medo. Não quero me expor".

Ela diz que gostaria de estar vacinada antes do parto, porque mãe e filho vão ser expostos ao ambiente hospitalar no nascimento do bebê. "Esperava que já no quinto ou sexto mês de gestação estaria vacinada, espero que não demore mais que isso", destacou Renata.

O marido dela, que trabalha em uma rede de supermercados, está usando duas máscaras e se priva de beber água durante o trabalho para não correr risco de se infectar.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) alega que os hospitais foram escolhidos como locais de vacinação porque o imunizante da Pfizer/BioNtech deve ficar congelado e armazenado em freezer, com temperatura entre -25° e -15° Celsius. A vacina não chegará a outras cidades do interior devido à falta de espaços adequados para o armazenamento.

Estado não cumprirá tempo em bula entre D1 e D2

Apesar de a bula da vacina da Pfeizer orientar que o prazo entre a aplicação da primeira e a segunda dose seja de 21 dias, o estado de Alagoas vai aplicar no intervalo de seis semanas - o equivalente a 42 dias, ou o dobro do período recomendado.

A Sesau informou que o prazo de seis semanas é recomendado pelo Ministério da Saúde, que justifica a janela maior entre a primeira e a segunda aplicação com estudos supostamente realizados nos Estados Unidos, Israel e Reino Unido. Eles "apontam mais de 80% de efetividade após dose única". "O Reino Unido orientou, inclusive, que o intervalo entre a primeira e a segunda dose seja de 12 semanas".

"Para que o esquema vacinal fique completo, você deve receber duas dose da vacina, com um intervalo maior ou igual a 21 dias (de preferência 3 semanas) entre a primeira e a segunda dose. Você pode não estar protegido até pelo menos sete dias após a segunda dose da vacina", explica, no entanto, a bula.

A cientista e médica obstetra Adriana Melo, que descobriu a relação entre o zika vírus e fetos com microcefalia, afirma a importância da grávidas e puérperas, independente de ter comorbidades, serem incluídas como prioridade na campanha de vacinação contra a Covid-19. Ela destaca que o grupo possui fatores que aumentam o risco de morte quando há infecção pelo coronavírus.

Em 2020, a cientista e outros pesquisadores brasileiros criaram um grupo para estudar o impacto da covid-19 durante o período gestacional e de puerpério.

"A cada 10 mortes maternas decorrentes da Covid-19, quase oito eram brasileiras. Tentamos entender que fatores aumentavam o risco de morte materna pela Covid-19 no Brasil. A análise de dados mostrou que o período pós-parto, idade acima de 35 anos, obesidade, diabetes, etnia negra, morar em área periurbana, sem acesso à estratégia de Saúde da Família ou morar mais de 100 km do hospital de notificação foram associados a um risco aumentado de resultados adversos", disse a cientista.

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