Celebrando os 40 anos desde a primeira realização, em 1985, finalmente chegamos à semana de mais uma edição do Rock in Rio Brasil. Nesta quarta-feira (11), a família Medina e a produção do festival abriram as portas para a imprensa e algumas centenas de fãs explorarem o espaço em primeira mão. A Coluna Café com Lessa esteve presente e vai detalhar os principais detalhes desta edição, que inicia oficialmente nesta sexta (13).
Foram meses de espera e a mega cidade está pronta para receber as milhares de pessoas que vão desfrutar da experiência do festival. Roberta Medina, Vice-presidente da Rock World, empresa responsável pelo evento, recebeu a imprensa para detalhar as principais informações desta edição. Roberta já começa num tópico sensível e afirma: Rock é atitude, por isso continuamos sendo Rock in Rio mesmo com tantas atrações diferentes.
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Na ausência de Roberto Medina, criador do evento e pai dela, ela relembra a trajetória que o festival fez ao longo das quatro décadas de existência. “Em 1985 tínhamos duas grandes motivações para realizar o Rock in Rio. A primeira era uma família apaixonada pelo Rio de Janeiro, queria trazer um impacto econômico para a cidade pois havia entendido a vocação para o turismo e o entretenimento. Por outro lado, estávamos saindo de uma ditadura militar e era dar visibilidade a uma juventude potencialmente ativa.” Ela afirma que essas continuam sendo as principais motivações do festival.
São 7 palcos, 800 pontos de alimentação, 176 bebedouros e dezenas de experiências promocionais espalhadas pela cidade criada para sediar o festival. Foram mais de 3 meses de montagem para o evento, que tem uma expectativa de impacto econômico de 2,9 bilhões nesta edição. Apesar de considerar difícil mencionar o impacto do festival, neste ano serão gerados mais de 32 mil empregos diretos e indiretos. “É difícil calcular o impacto do Rock in Rio. Em Las Vegas, por exemplo, a gente chega com um pensamento de que não há nada mais que possamos contribuir. A gente viu os eventos mudando o comportamento e a gente foi deixando nossa marca. Conseguimos levar pessoas de 67 países para a Vegas naquela edição. São vários elementos que vão somando para isso.”
Em entrevista à coluna Café com Lessa, Roberta menciona a relação do Rock in Rio com Alagoas, que recebe Hermeto Pascoal nesta edição no Global Village. “Quanto mais o Brasil estiver representado, melhor para todo mundo. Ele nunca foi bandeira só do Rio de Janeiro, carregamos no nome, mas ele é referência para o mundo do entretenimento. A gente tem olhado cada vez mais que o Brasil só tem a ganhar se suas fronteiras internas crescerem. Estamos em duas cidades potentes, que centralizam uma parte importante da mobilização econômica do Brasil, mas não é suficiente. Hoje temos um pensamento muito ativo de como Rio e São Paulo podem usar suas luzes para ampliar nossas fronteiras internas. Isso é muito importante. Até porque você olha para o Rio de Janeiro, Alagoas ou São Paulo e você vê o Brasil nessas cidades e é muito bom que as pessoas se sintam representadas.”
Nesta edição, a produção incentiva o uso do aplicativo do evento, onde o público pode acompanhar a programação de todos os palcos, mas também pode conferir os banheiros com menos filas ou comprar bebidas para evitar filas. Além das atrações musicais o evento contará com experiências visuais, como o show de fumaça da 'Esquadrilha céu' e o musical "Sonhos, lama e rock and roll'. Para mais informações, acesse rockinrio.com.br ou Instagram.com/rockinrio.