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Lia Clark resgata essência e lança álbum recheado de músicas dançantes

'The Album' foi diretamente produzido pela artista e traz 11 faixas, 5 participações e visuais disponíveis no YouTube

A cantora e drag queen Lia Clark voltou às origens e presenteou seu público com um álbum, acompanhado de visuais, que celebram o funk em todos os seus formatos e possibilidades. Consolidada no mercado como pioneira do funk, enquanto dragqueen, Lia reúne grandes artistas como Pabllo Vittar, Valesca Popozuda e Tati Quebra Barraco, Pocah e MC Naninha em faixas e clipes produzidos sob a  sua curadoria.  A Coluna Café com Lessa conversou com a cantora para falar sobre o lançamento, o processo de criação, a turnê e muito mais. Confira a entrevista na íntegra. 

CAFÉ COM LESSA. Esse foi o primeiro álbum que você abraçou a responsabilidade de participar de todos os processos de produção. O que fez você tomar essa decisão?

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LIA. Realmente, esse álbum foi um marco na minha carreira. A decisão de me envolver em todos os processos de produção foi uma evolução natural para mim. Acho que, ao longo do tempo, amadureci como artista e senti que era o momento de assumir o controle criativo de forma mais integral. Desde o início da minha carreira, eu já tinha uma voz ativa no processo criativo, mas neste álbum, eu queria estar presente em cada parte para garantir que o resultado final representasse verdadeiramente a minha visão artística. Por isso ele não poderia ter outro nome a não ser 'Lia Clark: The album'.

Li que definiu o processo de criação/ produção deste álbum como: gostoso e angustiante. O que te faz classificar assim? 

Acho que essa definição conseguiu refletir bem um pouco da complexidade do processo criativo, porque tem todo um trabalho por trás. A música é minha paixão e minha alegria, então o "gostoso" se refere ao prazer que encontro em criar, em me expressar, em pensar em cada detalhe, eu amo isso. Por outro lado, foi um desafio e tanto, pois a responsabilidade total da produção também trouxe pressão e momentos de angústia. Lidar com a responsabilidade criativa em todas as etapas da produção e garantir que tudo estivesse alinhado com minha visão não foi fácil, mas o resultado final ficou incrível e valeu cada desafio.

O que você considera indispensável em um projeto musical? 

Acredito que ser autêntica é a chave para qualquer trabalho que eu me envolva. Eu sempre me esforcei para ser verdadeira comigo mesma e também para refletir isso aos meus fãs, ao público que me acompanha. Eu quero que minhas músicas sejam uma expressão de quem sou, que elas me representam e representam também tudo que eu gosto. Isso inclui letras de duplo sentido, músicas que falem com sinceridade sobre experiências da minha vida e que brinque com a mente das pessoas. Acho que meu papel como artista é justamente esse, trazer essa liberdade não só pra mim, mas para todas as pessoas.


				
					Lia Clark resgata essência e lança álbum recheado de músicas dançantes
Reprodução/ Divulgação

Lia, você classifica o álbum como um resgate a sua essência. Mas, conta pra gente, qual a sua essência? 

Minha essência é uma combinação de diversas influências e vivências que tive ao longo dos anos. Ela é moldada pela paixão pela música, pelo amor à expressão artística, pela minha identidade como drag queen e por minha ligação com a cena do funk. Este álbum é uma celebração de todos esses elementos que me compõem e um resgate das minhas origens, lembrando de onde vim e o que me fez chegar até aqui.

Como foi revisitar os trabalhos da sua carreira para criar algo inédito?

Revisitar minha carreira foi como ter uma autodescoberta. É muito especial poder olhar para trás e ver todo meu crescimento, assim como o impacto que tive ao abrir portas para uma maior diversidade no cenário musical e da cultura drag. Isso me inspirou a criar algo novo, baseado no que já vivi e aprendi, mas também desenvolvendo ainda mais a minha arte. Eu diria que esse álbum é um verdadeiro tributo a todas as experiências que me moldaram e me tornaram a artista que eu sou hoje.

O funk tem se tornado um ritmo protagonista, ganhando cada vez mais espaço. Acredita que esse destaque para um dos principais ritmos que você trabalha pode contribuir para a ascensão deste álbum? 

Como uma artista que sempre esteve ligada ao funk, é muito incrível ver o gênero conquistar o reconhecimento que merece, principalmente fora do país. Este álbum mergulha nas raízes do funk e traz diversas vertentes desse ritmo, então acredito que isso pode sim, de alguma forma, conectar e atrair novos públicos que amam funk e todos os estilos que existem dentro desse ritmo

Há visuais de todas as faixas? Como foi o processo de criação destes clipes?

Fizemos visuais para todas as faixas inéditas do álbum. Foi um processo bem corrido e agitado, pois gravamos os três visuais no mesmo dia, então imagina o babado que foi. Fiquei muito feliz com o resultado, porque eu me envolvi 100% no processo de criação, foi muito gostoso ver o resultado final da forma que eu imaginei. “Mete Marcha” por exemplo, eu gravei em um supermercado que eu sempre ia, foi muito divertido ir nesse mercado pra gravar um clipe. 

Você está planejando uma turnê, o que os fãs podem esperar da Lia Clark de volta aos palcos? Desta vez com uma turnê recheada de músicas inéditas. 

Estou planejando sim, adoro fazer show, gosto muito de sentir a energia do público com a música. ‘Sereia’ eu canto em todo show e a galera se acaba, acho que não vai ser diferente com as outras músicas. 

Será que os fãs de Alagoas finalmente vão ter a chance de assistir novamente um show da Lia Clark?

Com certeza, eu pretendo ir! Eu quero muito ter a oportunidade de voltar a levar meu show para Alagoas e reencontrar meus fãs nessa região. É sempre muito especial estar aí, o público me recebe muito bem, com muito carinho e mal posso esperar para me apresentar novamente. Tô só esperando o convite, viu? (risos)

Você mencionou que a vida é desafiadora. Manda um recado para inspirar seus fãs em suas vidas e carreiras.

Eu quero dizer que a vida é, de fato, cheia de desafios e barreiras. Mas, é muito importante não esquecer que, mesmo nas situações mais difíceis, é possível encontrar força. Nunca deixem que os preconceitos, as expectativas sociais ou as adversidades impeça vocês de serem fiéis a quem realmente são e a seguirem seus sonhos. Se eu, uma drag funkeira, contrariei tantas expectativas e abri tantos caminhos, tenho certeza que vocês também podem. Acreditem em si mesmos e nunca desistam!

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