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Zoológico de Brasília faz live com cobra naja que picou estudante

Especialista respondeu dúvidas e deu detalhes sobre serpente, que é adulta e mede cerca de 1,6 metro

Nesta sexta-feira (24), a cobra naja kaouthia que picou o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck, de 22 anos, foi atração de uma live realizada pelo Zoológico de Brasília. O animal está no local desde o dia 7 de julho, quando foi resgatado em uma caixa próximo a um shopping na capital.

Durante a transmissão, o diretor de répteis do zoológico, Carlos Eduardo Nóbrega, tirou dúvidas e deu mais detalhes sobre a serpente. De acordo com a especialista, a naja mede entre 1,5 metro e 1,6 metro e é adulta. No entanto, a equipe ainda não conseguiu identificar a idade exata.

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"Não conseguimos estimar a idade final desse animal, mas a gente consegue dizer que é um animal adulto. É um animal que consegue se reproduzir, já passou da fase filhote e juvenil e está na fase adulta", disse.

Ainda de acordo com o especialista, a naja tem um organismo lento e se alimenta apenas de 15 em 15 dias. A cobra está sendo mantida em um ambiente com uma janela de vidro.

No entanto, o espaço fica fechado por um tapume na maior parte do tempo, para que o animal não fique estressado por conta da movimentação de pessoas. Uma vez por semana, a cobertura é retirada para que a serpente tome um banho de sol.

A naja ainda não tem nome. Segundo o Zoológico de Brasília, só são batizados os animais que vão permanecer no local e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) não definiu o destino da cobra.

Mesmo que ela permaneça na capital, no entanto, pode ser que a naja não fique disponível para visitação do público.

"Caso a gente perceba que o animal está estressado, não vai haver exposição. O primeiro ponto que a gente preza é o bem-estar do animal e a segurança da equipe", disse o direto de répteis.

Ele também alerta para o perigo de manter cobras peçonhentas como animais de estimação, o que é proibido. "Esses bichos não devem ser criados sem as devidas condições e sem que a pessoa tenha expertise no manejo. É vedada toda a criação de cobras peçonhentas como pet."

Entenda o caso

Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, de 22 anos, foi picado pela naja no dia 7 de julho. Ele ficou seis dias internado em um hospital particular do DF, sendo cinco em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Também teve que tomar soro antiofídico do Instituto Butantan, em São Paulo, único local que possuía o antídoto no país, para fins de pesquisa.

Segundo a Polícia Civil, Pedro Henrique criava a cobra em casa ilegalmente e seria o proprietário de pelo menos 18 serpentes. O jovem é investigado por suspeita de tráfico de animais. A mãe, o padrasto e amigos dele já prestaram depoimento à polícia. Pedro, no entanto, apresentou um atestado médico e só deve ser ouvido em agosto.

Na quarta-feira (22), um amigo do estudante foi preso por suspeita de tentar atrapalhar as investigações. Ele teria sido o responsável por abandonar a cobra próximo a um shopping após o incidente.

Nas últimos semanas, a polícia intensificou as investigações sobre a criação ilegal de espécies exóticas no DF. Segundo a corporação, o caso da naja revelou um esquema de tráfico de animais com prováveis ramificações internacionais.

De acordo com a Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente, os animais vêm da Ásia e África e entram no Brasil clandestinamente por portos e aeroportos. Segundo os policiais, eles costumam ser trazidos ao país ainda filhotes, o que facilita a ocultação das espécies. Depois, se reproduzem no país.

Nesta quinta, uma servidora do Ibama foi afastada das funções por suspeita de envolvimento no esquema. Na semana passada, um outro funcionário do órgão já havia sido suspenso pelo mesmo motivos.

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