O ex-prefeito da cidade de Cocal, no Piauí, José Maria Monção, admitiu, durante um evento do MDB realizado no domingo (6), que cometeu irregularidades quando estava na administração e afirmou ter roubado do município. As afirmações foram feitas ao criticar Rubens Vieira (PSDB), atual prefeito da cidade.
"Não é que o Cocal também seja o fim do mundo, mas passa a administração e todos padecem. Eu fui prefeito três vezes, eu sei o meu sofrimento, mas também não roubei o tanto que esse aí [Vieira] roubou não, está entendendo? Esse é descarado, esse está é afundando o Cocal", disse Monção, que hoje apoia a eleição de Cristiano Brito para o cargo.
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"Eu posso até ter tirado alguma coisa, dado pros pobres... que na verdade ninguém pode ser tão sincero. Se eu tivesse sido tão direito, eu não tinha ido preso, né. Se eu fui preso, tem um motivo", continuou Monção, que chegou a ser detido em 2009 durante a Operação Harpia, da Polícia Federal. Na ocasião, ele foi acusado de desviar dinheiro do Fundeb.
Por fim, Monção considerou "difícil" um político desviar dinheiro para si mesmo, mas acusou o atual prefeito do crime.
"O mais político que rouba, rouba para dar pro povo. É difícil o cara roubar para si. Agora esse daí não, roubou para ele. A maior mansão da cidade de Cocal é a dele", finalizou.
Durante a inusitada declaração do ex-prefeito, integrantes da convenção alternavam reações entre risadas e gestos de surpresa.
Atual prefeito rebate
Citado no discurso, o atual prefeito Rubens Vieira rebateu as afirmações feitas por Monção.
Por meio de nota, o tucano se mostrou "surpreendido" pelas palavras e afirmou que Monção "expôs de maneira confessa um conjunto de irregularidades de seu grupo político, e tentou justificar suas ações realizando uma exposição indevida do atual prefeito".
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