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'Vi a água entrando e corri', conta moradora que está desalojada

Cerca de 500 pessoas estão desalojadas e foram abrigadas em escolas municipais de Coronel João Sá

A cidade de Coronel João Sá, na Bahia, acordou com suas casas com lama, inundadas e com muita sujeira fazem parte do cenário na sexta-feira (12). O município que fica no nordeste do estado foi tomado pelas águas de uma barragem localizada no distrito de Quati, que pertence ao município de Pedro Alexandre, vizinha a Coronel Sá.

Com a invasão das águas, alguns moradores utilizaram até bombas para retirar a água de dentro de casa. Além de imóveis destruídos, cerca de 150 famílias, o que corresponde a 500 pessoas, estão desalojadas, conforme a prefeitura da cidade.

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Em um galinheiro de um imóvel da cidade, 23 animais morreram afogados. "A água chegou muito rápido. Moro sozinho, e é a primeira vez que isso acontece", disse José Constantino, 73 anos.

Segundo o idoso, ele vendia os ovos das galinhas, e às vezes matava uma para comer.

Além disso, uma das moradoras, a dona de casa Raynara da Conceição Santos, relatou que só deu tempo de pegar os documentos e deixar o imóvel que morava com a família.

Morador usa bomba para retirar água após de imóvel após transbordamento de barragem

Entre as pessoas que ficaram desalojadas, está Vera Lúcia Maria de Morais Santos, de 55 anos, que mora em uma casa com o marido e os dois filhos, de 11 e 12 anos. Todos passam bem.

"Vi a água entrando e corri, pois a água ia entrar aqui", relembrou.

Vera mostrou ao G1 como a casa dela ficou destruída, com partes das paredes desmoronadas.

"Essa parte da parede caiu. Caiu lá [em outra parte interna da casa] também. Olha aqui a parede como é que está. Não presta mais nenhum móvel. Só sobrou o guarda-roupa", disse.

Quando perguntada sobre como irá fazer para reconstruir o imóvel, Vera respondeu que tem contado com ajuda de amigos.

"Tenho que pedir muito a Deus, em primeiro lugar. E em segundo lugar, aos amigos que têm que contar com a gente e dar uma ajuda, né? Aqueles que podem ajudam também. Eu tenho uma irmã que ofereceu a casa dela, e nós estamos dormindo na casa dela", contou.

Além de Verá Lúcia, o borracheiro Rodrigo Oliveira também mostrou como ficou a oficina de veículos onde ele trabalha, após a invasão da água. Parte de uma parede desmoronou.

"Não tinha ninguém e estava tudo desligado. Mas o prejuízo vai ser grande, uns R$ 2 mil. Eu escutei as pancadas, quando levantei o portão vi a parede caída. Não deu tempo de tirar nada. Só deu tempo de correr", relembrou.

Barragem

A barragem do Quati foi construída pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e entregue em novembro de 2000 à Associação de Moradores da Comunidade do distrito. Ela represa o Rio do Peixe para o período de estiagem, mas as águas do rio invadiram as cidades após as fortes chuvas que caem na região.

Conforme a Defesa Civil da cidade, as fortes chuvas que caem na região do Rio do Peixe contribuíram para o aumento do volume de água da barragem.

A cidade de Coronel João Sá foi a mais atingida pela inundação, porque fica em uma altitude mais baixa que Pedro Alexandre. O percurso do rio entre as duas cidades é de cerca de 80 km. Não há informações da velocidade da água.

A prefeitura da cidade de Pedro Alexandre decretou situação de emergência e calamidade pública, após o município ser invadido pela água da barragem.

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