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Um mês antes, PM agrediu jovens em Paraisópolis com barra

Corporação diz que afastou o policial que aparece nas imagens e que a ação aconteceu em 19 de outubro

Um mês antes da operação que deixou 9 pessoas mortas em Paraisópolis, em São Paulo, um vídeo gravado por morador mostra um policial militar agredindo pessoas com um objeto comprido, na saída da Viela do Louro.

As imagens confirmam os relatos de moradores afirmando que é comum a ação violenta de policiais militares na região. A corporação informou que o policial que aparece no vídeo foi identificado e afastado do policiamento nas ruas, mas não informou quando ocorreu o afastamento. Segundo a PM, "as imagens foram gravadas em 19 de outubro deste ano e não tem relação com o ocorrido no último fim de semana".

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Na tarde desta terça-feira (3), o governador João Doria (PSDB) comentou o episódio por meio de sua conta no Twitter.

"Ao tomar conhecimento do novo vídeo que mostra um policial agredindo jovens em uma esquina de Paraisópolis, exigi punição exemplar ao agressor, já afastado de suas funções. Práticas como essa não condizem com o procedimento da polícia de SP e serão veementemente condenadas", escreveu.

O governador afirmou ainda que a investigação das mostes do final de semana continua. "Sempre que forem identificadas transgressões graves, serão punidas. Em SP, não temos compromisso com o erro. Mais uma vez, me solidarizo com amigos e familiares dos jovens que perderam suas vidas", disse.

Na segunda-feira (2), o governador afirmou que a política de segurança do estado não vai mudar, mas que a conduta dos policias seria apurada.

"As ações nas comunidades de São Paulo vão continuar. A existência de um fato e circunstancialmente com as apurações que serão feitas, não inibirá as ações que serão feitas envolvendo Segurança Pública. Não inibe ação, mas exige apuração", disse Doria.

Outro vídeo

Imagens de câmeras de segurança obtidas com exclusividade pela TV Globo mostram a chegada de policiais militares à comunidade de Paraisópolis na madrugada deste domingo.

De acordo com o vídeo:

A investigação do caso está dividida em três órgãos: a Corregedoria da Polícia Militar, que apura a conduta dos PMs, a da Polícia Civil e a do Ministério Público. A investigação da Polícia Civil foi assumida pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

O procurador-geral de Justiça do Ministério Público afirmou que montou uma força-tarefa para discutir os bailes funks na comunidade e que o trabalho do grupo poderá resultar em um pedido para revisão dos métodos da polícia.

"Acertamos a realização de uma espécie de fórum para que a gente possa analisar essas questões de baile funk, de protocolos da Polícia Militar", disse Gianpaolo Smanio. "A ideia é realizar uma mediação para que a violência não tenha escalada, para que a gente fique apenas nesse episódio."

Uma promotora do júri foi nomeada para apurar as causas das mortes. O atestado de óbito de uma das vítimas, Luara de Oliveira, indica "asfixia mecânica por sufocação indireta. O de Mateus dos Santos Costa, indica "trauma raquimedular com agente contundente", ou seja, uma lesão na coluna causada por um objeto externo.

Sobre os excessos da Polícia Militar, o procurador disse que a apuração caberá aos promotores do MP Militar.

Corregedoria da Polícia Militar instaurou inquérito para avaliar a conduta dos policiais, incluindo os abusos gravados por moradores de Paraisópolis. Um dos vídeos mostra um policial derrubando e chutando um homem várias vezes. Ao lado, um jovem leva um tapa. Em outro vídeo, policiais encurralam jovens em um beco e dão golpes de cassetete.

Seis PMs foram afastados das ruas e já prestaram depoimento. Um deles contou que ele e o parceiro foram dar apoio a uma averiguação de veículo, mas que não encontraram o carro. E durante o deslocamento foram atacados a tiros por o garupa de uma moto.

Já os moradores dizem que a polícia entrou na comunidade e fechou as esquinas da Rua Ernest Renan com a Rua Herbert Spencer e Rodolf Lotze. Depois, os policiais atiraram bombas de gás e balas de borracha, jogaram garrafas, bateram com cassetetes e usaram sprays de pimenta na multidão e muitos jovens entraram em vielas e foram pisoteados

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