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Tortura com sexo oral: “Nunca vi isso em 47 anos de polícia”

Cinco guardas civis municipais de Itapecerica da Serra foram presos temporariamente sob a suspeita de obrigar um jovem a fazer sexo oral

São Paulo – “Em quase 47 anos de Polícia Civil, nunca em minha carreira havia vista um absurdo como esse”, afirmou o delegado Luís Hellmeister, que investiga o caso em que seis guardas civis municipais (GCMs) obrigaram um jovem a fazer sexo oral em um amigo, durante uma abordagem, em maio deste ano.

Até o momento, cinco dos seis guardas foram presos, na terça-feira (15/7), em cumprimento a mandados de prisão temporária de 30 dias, expedidos pela Justiça. Eles estavam foragidos, da mesma forma que um sexto guarda, ainda procurado pela polícia.

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“Já investiguei de tudo em abordagens abusivas, como agressões e violência. Mas nunca tinha visto um absurdo desse, de mandar um rapaz fazer sexo oral em outro, em toda a minha carreira como policial. Isso gerou um trauma incontornável no rapaz”, afirmou o delegado ao Metrópoles, na tarde desta quinta-feira.

Hellmeister acrescentou que teve convicção sobre a tortura sofrida pelos jovens após uma gravação, feita por familiares de um deles (assista abaixo), ser referendada por meio de uma perícia feita pela Instituto de Criminalística.

Segundo o vídeo, uma parente de um dos rapazes afirma “tá mandando chupar um ao outro”, mencionando a suspeita de que os guardas estariam obrigando os jovens a fazerem sexo oral, sob ameaça. As vítimas também teriam sido agredidas.

A abordagem ocorreu no fim da tarde de 7 de maio, na Rua Benedito Pereira Rodrigues, em Itapecerica da Serra, quando os jovens empinavam motos pela via.

O Metrópoles apurou que somente um dos rapazes realizou o sexo oral, sob ameaça, em um amigo. A violência foi interrompida com a chegada de familiares no local da abordagem. Desde a tortura, a vítima teria tentado se suicidar, por causa do trauma gerado pela ação dos guardas.

O caso

Enquanto os jovens eram abordados, um deles ligou para familiares, que começaram a ouvir a sessão de tortura sofrida pelas vítimas. Por isso, gravaram em vídeo o telefonema, em tempo real.

Com base nessas provas, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) ofereceu uma denúncia contra seis guardas, pedindo a prisão temporária deles, que foi expedida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

Os guardas permaneceram foragidos até terça-feira (15/7), quando cinco deles foram detidos. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, os cinco guardas são investigados “pelo crime de tortura”. Eles foram encaminhados à Delegacia Seccional de Taboão da Serra. O sexto GCM investigado pelo crime permanecia foragido até a publicação desta reportagem.

Defesa

Segundo o advogado Cleisson Martins, que representa dois dos guardas que estavam foragidos e foram presos, os agentes se declaram inocentes. A defesa vai pedir a revogação da prisão temporária. Sobre a gravação, eles alegam que houve uma discussão entre um dos guardas e “um menino.”

No momento da abordagem, acrescentou o defensor, um dos pilotos teria ficado nervoso e começou a chutar a própria moto, reagindo à aplicação de multa por manobra perigosa, segundo a defesa. Então, o guarda teria dito “chuta”, ao invés de “chupa” — termo alegado pela acusação.

A Prefeitura de Itapecerica da Serra afirmou ao Metrópoles, em nota enviada na tarde desta quinta-feira (17/8), que a Corregedoria da GCM protocolou um pedido de acesso ao Inquérito Policial “para tomar as medidas administrativas cabíveis, porém não recebeu a liberação”. “Permanecemos à disposição da Justiça e da polícia sempre que necessário”.

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