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Senado aprova MP que acaba com mandato de presidente da EBC

Medida, na prática, faz com que direção da empresa pública possa ser trocada a qualquer momento pelo presidente da República; texto segue para sanção

O Senado aprovou nesta terça-feira (7) uma medida provisória editada pelo presidente Michel Temer que põe fim ao mandato de diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) (entenda a polêmica mais abaixo). O texto segue para sanção presidencial.

A EBC é vinculada à Secretaria de Comunicação Social da Presidência e é responsável pelos veículos de comunicação oficiais do governo, entre os quais a "Agência Brasil", a TV NBR e a TV Brasil.

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A MP foi aprovada por 47 votos a 13. A proposta já havia sido aprovada na Câmara e, na prática, faz com que a direção da empresa possa ser trocada a qualquer momento pelo presidente da República.

Quando uma MP é publicada no "Diário Oficial", passa a ter força de lei. Pelas regras anteriores à edição da medida provisória, o presidente da EBC tinha mandato de quatro anos, que não coincidiam com o mandato do presidente da República.

Conselho Curador

O texto aprovado pelo Congresso também extingue o Conselho Curador da EBC, órgão de natureza consultiva e deliberativa que era composto por representes do governo e da sociedade civil. Entre as competências, estava a de decidir sobre as "diretrizes educativas, artísticas e culturais" propostas pela Diretoria-Executiva da empresa.

Esse conselho também tinha o poder de dar voto de desconfiança ao diretor-presidente, caso fossem despeitados os princípios editorais, como pluralidade de opiniões, diversidade cultural e representatividade de diferentes segmentos.

No lugar do conselho, o governo criou, por meio da MP, o Comitê Editorial, que, pelo texto aprovado, poderá deliberar "sobre os planos editoriais propostos pela Diretoria-Executiva".

A polêmica

A MP foi editada em setembro por Temer em meio a uma polêmica envolvendo a direção da empresa.

Em maio, ao assumir o Palácio do Planalto como presidente em exercício, Temer destituiu o jornalista Ricardo Melo do comando da EBC. Melo havia sido nomeado dias antes pela então presidente Dilma Rousseff.

Melo, então, recorreu da decisão e retornou ao cargo após obter uma decisão liminar (provisória) do Supremo Tribunal Federal (STF) com base na legislação então em vigor, que previa o mandato de quatro anos para presidente da EBC.

Após a decisão do Supremo, o governo editou a medida provisória, derrubando a liminar, uma vez que a MP passou a ter força de lei.

Embora tenha validade imediata, assim que é publicada no "Diário Oficial", uma medida provisória precisa ser aprovada em até 120 dias pelo Congresso Nacional para não perder efeito.

Atual presidente

Atualmente, o jornalista Laerte Rímoli, que chefiou a comunicação da Câmara dos Deputados durante parte da gestão do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é o presidente da EBC.

Rímoli também integrou a campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG) a presidente em 2014, quando o tucano foi derrotado por Dilma.

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