Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > BRASIL

Relator no Conselho de Ética quer 'censura verbal' a deputado que quebrou placa sobre Dia da Consciência Negra

Parecer lido nesta terça diz não haver provas de que Coronel Tadeu (PSL-SP) tenha cometido racismo, mas chama conduta de 'reprovável'

O deputado João Marcelo Souza (MDB-MA), relator de um processo disciplinar que apura a conduta do parlamentar Coronel Tadeu (PSL-SP) no Conselho de Ética da Câmara, leu nesta terça-feira (15) parecer que recomenda a punição de "censura verbal" ao colega.

Após a leitura do parecer, foi concedida vista coletiva de 48 horas aos integrantes da comissão. Ainda não há data para a votação do relatório.

Leia também

Em 2019, o parlamentar quebrou uma placa em uma exposição na Câmara sobre o Dia Nacional da Consciência Negra. A placa continha o título "O genocídio da população negra" e exibia o desenho de um policial com um revólver na mão e um jovem caído no chão.

A representação que originou o processo disciplinar contra Tadeu foi apresentada pelo PT. O partido acusa o deputado de racismo e quebra de decoro parlamentar.

Segundo a sigla, o deputado também praticou ato de racismo já que a destruição da placa "reforça as estatísticas de uma cultura racista e de violência doméstica contra a população negra".

Já o deputado alegou que agiu no “calor da emoção” ao entender que o quadro associava a atividade policial à criminalidade. Em fala na comissão, Tadeu pediu desculpas e disse que não foi preconceituoso.

O parecer

O relator entendeu que não há, no processo, provas de que o parlamentar agiu com a intenção de discriminar “a população negra como um todo” e afastou a imputabilidade do crime de racismo.

“Apesar de ter danificado parte de uma exposição que celebrava o dia da consciência negra, não restou demonstrado que o representado pretendeu com sua conduta menosprezar ou discriminar a população negra como um todo”, escreveu Souza.

O relator, no entanto, disse que a conduta é reprovável e um ´parlamentar não pode se valr da imunidade material para se portar como bem quiser.

"Não é permitido ao parlamentar invocar a imunidade material para se portar como bem entender, em desrespeito às normas básicas de conduta social", afirmou.

"Diante de provas produzidas nos autos é imperioso reconhecer, portanto, que o representado com seu ato efetivamente incidiu na prática da conduta acima descrita, sendo cabível, a punição de censura verbal, a qual se revela justa, adequada proporcional e suficiente", conclui.

Tadeu teria direito à palavra por até 20 minutos na reunião de hoje, mas preferiu não se manifestar.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Relacionadas