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Racismo. “Entregador negro”, reclama cliente em aplicativo de delivery

Mensagem racista deixada em avaliação de entrega feita em Goiânia, na madrugada dessa sexta-feira (21/1), será investigada pela polícia

Goiânia – Um entregador de aplicativo de delivery foi alvo de mensagem racista deixada por um cliente na plataforma, na madrugada desta sexta-feira (21/1), em Goiânia. Após responder que não havia gostado da entrega e avaliar o serviço com a pior nota possível, o cliente escreveu a seguinte justificativa: “entregador negro”.

O caso será denunciado à polícia e uma investigação será instaurada para identificar o autor da mensagem. O que se sabe, até então, baseado nos dados cadastrados pelo cliente no aplicativo, é que seria um rapaz chamado Heitor, jovem e morador da Vila dos Alpes, bairro da região sudoeste da capital goiana.

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O proprietário da lanchonete Junior Burg’s e Açaiteria, Vanderley de Souza Costa Júnior, foi quem descobriu na manhã desta sexta a mensagem deixada pelo cliente. Ao checar as avaliações feitas no perfil do estabelecimento, ele se surpreendeu com o que estava escrito. “Fiquei surpreso com o comentário. Não é possível que exista uma pessoa tão desumana assim”, disse ele ao Metrópoles.


				
					Racismo. “Entregador negro”, reclama cliente em aplicativo de delivery
Mensagem deixada por Vanderley, rebatendo o racismo do cliente. Reprodução

Segundo Vanderley, o cliente fez o pedido de um açaí e, por volta da meia-noite, e o entregador saiu para efetuar a entrega. O tempo todo, enfatiza o comerciante, ele fez questão de monitorar e acompanhar pela plataforma a conclusão do serviço.

Pedido para não falar com o porteiro

Um fato curioso, no entanto, chamou-lhe a atenção. O cliente reside em um prédio e enviou mensagem pelo chat da plataforma pedindo para que o entregador não acionasse a portaria ou conversasse com o porteiro do prédio quando chegasse. Ele solicitou que fosse avisado pelo aplicativo sobre a chegada do produto e que, logo, sairia no portão para buscar a encomenda.

“O cliente foi até a portaria, pegou o açaí com o entregador e, lá, ele agiu super natural, só olhou indiferente. Demos o maior suporte, atendemos a solicitação dele e hoje ocorreu isso. Achei super desnecessária a avaliação, ainda mais cometendo um crime como esse”, conta Vanderley.

O entregador vítima do crime de racismo já realiza entregas para o estabelecimento do comerciante há dois anos. Além disso, essa é a primeira avaliação negativa recebida pela lanchonete de Vanderley. Ele conta que ao puxar o CPF cadastrado no perfil do cliente, observou-se que trata-se do número do documento da mãe do rapaz.

Um grupo de entregadores de aplicativo se reuniu no final desta tarde na porta do prédio onde foi feita a entrega para fazer uma manifestação. Vanderley diz que vai dar prosseguimento ao caso até que tudo seja elucidado. O cliente ainda não foi identificado oficialmente.

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