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Projeto financia reforma de até R$ 11 mil para baixa renda

Plataforma Nova Vivenda quer reduzir número de moradias precárias no país

O maior tempo em casa durante a pandemia aumentou o desejo de reformar o lar e escancarou a desigualdade no país. Há cerca de 25 milhões de moradias em condições precárias no Brasil, segundo levantamento da Fundação João Pinheiro.

São casas insalubres, sem acesso adequado a água, energia elétrica e esgoto. Condições que estão associadas a problemas de saúde como diarreia e doenças respiratórias.

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O problema levou a uma oportunidade de negócio com impacto social. Com foco em reformas de casas em periferias e favelas, a Vivenda oferece crédito de até R$ 11 mil para famílias de baixa renda adequarem suas moradias.

A empresa nasceu como startup oferecendo reforma profissionais para famílias que vivem em condições de vulnerabilidade e se tornou uma holding, conectando o cliente aos executores do serviço por meio de um marketplace. ​Além da plataforma, a Vivenda atua por meio de uma aceleradora e um instituto. ​

O pacote inclui planejamento com arquiteto ou engenheiro, mão de obra, materiais e acompanhamento de projeto de reforma de baixa complexidade, como instalação de telhado, piso, fiação e janelas.

O financiamento é assegurado por uma debênture (título de crédito) social. A iniciativa já reformou mais de 3.500 casas nos últimos oito anos, segundo Fernando Assad, cofundador da Vivenda.

"Aqui no Brasil boa parte das ações de habitação são concentradas na construção de novas unidades, sendo que temos um problema muito maior que são as moradias inadequadas", afirma Assad.

O empresário cita casas sem ventilação, fiação elétrica exposta, sem piso ou cobertura, com infiltrações e mofo, como exemplo.

"O financiamento cobre a transformação de um cômodo inteiro por uma rede de profissionais do setor e com softwares que vão garantir o mínimo de desperdício de material e tempo", diz Assad.

Varejistas parceiros têm ofertas e produtos exclusivos para os clientes da Vivenda. É uma forma de tornar a obra possível em meio à escalada dos custos de construção.

COMO PEGAR O CRÉDITO

A Vivenda não pede garantias para o financiamento. Para obter o microcrédito a família deve entrar no site da Vivenda ou chamar pelo WhatsApp (11) 5851-8889, informar o CEP e apresentar a matrícula do imóvel. São 46 cidades em 16 estados atendidas atualmente.

O financiamento é pago em até 30 vezes no boleto, com juros de 2,25% ao mês.

O projeto e materiais utilizados são escolhidos pelo profissional com o cliente para que, além dos aspectos estruturais, a reforma impacte na autoestima dos moradores.

Entre as principais inadequações identificadas nas moradias da baixa renda está a falta ou a construção irregular de banheiros.

Há ainda a necessidade de reformas na parte elétrica, telhado, instalação de portas e janelas e reforço estrutural.

DÉFICIT HABITACIONAL

Até 2030, serão necessárias 11,9 milhões de casas para atender a demanda das famílias brasileiras, segundo um estudo da Ecconit Consultoria Econômica encomendado pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias).

A maior parte da demanda (44,4%) está entre as famílias que recebem até três salários mínimos. O cálculo considera o surgimento de famílias e as que vivem em condições inapropriadas ou gastam mais de 30% de sua renda com aluguel.

A capital paulista teria que construir em média 73 mil casas por ano até 2030 para zerar a demanda futura e o déficit atual, indica o levantamento. Número três vezes superior ao da produção atual.

De acordo com dados mais recentes da Fundação João Pinheiro, a região Sudeste é responsável pelo maior déficit habitacional do país com 39%, seguido pelo Nordeste com 30%.

HABITAÇÃO PRECÁRIA

  • 15 milhões de moradias inadequadas são ocupadas por mulheres
  • Segundo a ONU, entre os brasileiros em moradias com inadequações, 31,3 milhões são pretos ou pardos
  • A ausência de banheiro de uso exclusivo atinge 11% da população da região Norte e apenas 0,2% da população das regiões Sul e Sudeste

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