Preço do aluguel residencial sobe 4,2% em janeiro e já pesa no bolso
No acumulado de 12 meses, segundo a FGV, o preço do aluguel residencial saltou de 8,25% (até dezembro) para 10,74% (até janeiro)
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Depois de avançar mais do que o triplo da inflação em 2022, o preço do aluguel residencial no país continua subindo.
Em janeiro deste ano, o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar) registrou alta de 4,2%, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Em dezembro, o indicador havia registrado uma deflação, com queda de 1,19% nos preços médios.
No acumulado de 12 meses, segundo a FGV, o preço do aluguel residencial saltou de 8,25% (até dezembro) para 10,74% (até janeiro).
Mais sobre o assunto O índice é calculado tomando como base a variação nos preços dos aluguéis nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Em dezembro, as quatro capitais pesquisadas tiveram deflação – mas a trajetória dos preços mudou em janeiro. Em São Paulo, o índice foi de -1,06% para 2,84%; no Rio, de -2,41% para 1,45%; em Belo Horizonte, de -0,46% para 0,72%; e em Porto Alegre, de -1,09% para 10,15%.
No acumulado de 12 meses, a taxa subiu em três capitais: São Paulo (de 7,8% para 8,2%), Rio de Janeiro (de 8,34% para 8,51%) e Porto Alegre (de 7,15% para 16,79%). Em Belo Horizonte, houve queda: de 11,31% para 9,82%.
O aluguel mais caro da década
Quem paga aluguel todos os meses tem sentido no bolso, cada vez mais, o peso da alta dos preços. O Brasil não registrava valores tão altos para a locação de imóveis havia mais de uma década.
Segundo especialistas, a manutenção da taxa básica de juros da economia (Selic) em um patamar elevado, hoje de 13,75% ao ano, é um dos fatores que explicam a subida dos preços do aluguel. Com juros mais altos, comprar um imóvel fica mais difícil, o que acaba gerando uma migração dessa clientela para os contratos de locação. Diante da maior demanda pelo aluguel, o preço tende a subir.