A Corregedoria da Polícia Civil do estado de São Paulo abriu nesta quarta-feira (11/9) investigação sobre uma entrevista concedida pela delegada Vanessa Guimarães à campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição na capital paulista. Na gravação, a agente fala sobre uma operação e afirma que o adversário do emedebista, Pablo Marçal (PRTB), participou de um grupo criminoso.
A prática criminosa citada é chamada de “fishing”. Ela consiste em enviar e-mails para pessoas para obter dados bancários das vítimas e, então, praticar crimes financeiros. No mesmo vídeo, a delegada afirma que Marçal foi preso, condenado e teve pena de reclusão determinada em quatro anos e cinco meses. Vanessa é delegada do 32° Distrito Policial de Itaquera.
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De acordo com informações obtidas pela coluna, o procedimento instaurado pela corregedoria visa “avaliar eventuais irregulares em face de informações divulgadas por delegada de polícia em mídia televisiva”. A gravação foi publicada por Nunes nesta quarta-feira.
Marçal utilizou as redes sociais para reclamar do governador de São Paulo, Tarcísio de Feitas (Republicanos). Ele afirma que o gestor, aliado de Nunes, utiliza a máquina pública para beneficiar o atual prefeito.
“Tarcísio usando a estrutura do estado para defender o defunto eleitoral do bananinha (apelido dado por Marçal a Nunes). Exijo que o secretario de Segurança pública se posicione nisso, porque vamos ingressar no Ministério Público. Como uma delegada da polícia civil está entrando em questão eleitoral?”, questionou.
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