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PF faz buscas na casa de governador do Piauí e mira primeira-dama

Operação investiga esquema de desvio de R$ 50 milhões em transporte escolar

A Polícia Federal realizou nesta segunda-feira (27) buscas na casa do governador do Piauí, Wellington Dias (PT), e da primeira-dama, Rejane Dias (PT-PI), em Teresina. Segundo a PF, o governador não está envolvido diretamente na investigação.

O governador chamou, em nota, a operação de espetáculo e disse que "existe a lei de abuso de autoridade para que casos como este não aconteçam indiscriminadamente".

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Segundo Dias, no endereço, atualmente mora seu filho, que é médico e atua na linha de frente contra o coronavírus. Dias afirmou que a operação investiga contratos de 2013, quando não era governador.

"Uma operação nestes moldes se torna desproporcional e desnecessária já que estamos falando de um fato de 2013 e em um processo em que a ex-secretária da Educação, hoje deputada federal, por meio de seu advogado, se prontificou, por duas vezes nos últimos meses, para prestar esclarecimentos, bem como para repassar todo e qualquer documento ou equipamento necessário", disse em nota.

Neste ano a PF cumpriu mandados em endereços de outras autoridades como a do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e do Pará, Helder Barbalho (MDB).

As buscas na residência do governador foram justificadas pela PF porque Rejane Dias, atualmente deputada federal, foi secretária estadual de Educação entre 2015 e 2018, período em que leilões supostamente fraudulentos de transporte escolar foram realizados.

Segundo a delegada Milena Calad, a PF apurou desvio de ao menos R$ 50 milhões em um esquema que beneficiava empresas terceirizadas para o transporte escolar.

"Afora a questão do cargo [secretária de Educação], ao longo da análise constatou-se que houve recebimento de vantagem indevida por ela e familiares. De modo que nesta última fase [da operação] teríamos que incluí-la ou não seria razoável", disse Calad.

Em nota, a deputada afirmou que, durante sua gestão como secretária, "sempre se portou em observância às Leis, tendo em vista a melhoria dos índices educacionais e a ampliação do acesso à educação" e que está à disposição para esclarecimentos.

"As licitações e os contratos celebrados no âmbito da Secretaria de Educação foram protagonizados por agentes criminosas tanto no setor público quanto empresariais", disse o delegado Albert Paulo Servio de Moura, chefe da Delegacia Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado.

Procurada pela reportagem, a Seduc afirmou que colabora com a investigação e "sempre se colocou à total disposição dos órgãos de controle para esclarecer quaisquer questionamentos, visando a transparência e o correto funcionamento da administração pública".

A busca na casa do governador integra a terceira fase da Operação Topique. Cerca de 70 policiais participaram das buscas em 12 endereços em Teresina e Brasília. Foram encontrados dinheiro e uma arma nos endereços.

A PF não informou o nome dos empresários e empresas suspeitas.

"O desvio foi possível graças à atuação do grupo organizado, desde empresários que formam um conluio na apresentação de suas propostas nas licitações e agentes públicos que fazem vistas grossas", disse Glauco Soares Ferreira, superintendente da Controladoria Regional da União (CGU) no Piauí.

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