A Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão neste domingo (1), nas cidades de Alfenas e Três Corações, no Sul de Minas Gerais. Os mandados judiciais foram expedidos pela Justiça Federal com o objetivo de investigar o faxineiro no Exército que foi preso na última sexta-feira (29) suspeito de planejar um ataque ao presidente da República, Jair Bolsonaro.
O homem foi detido após ter publicado fotos e vídeos de suposto plano que visava a atentar contra Bolsonaro, segundo a PF.
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Na sexta-feira, Bolsonaro estava em visita oficial à Escola de Sargentos das Armas (ESA), de Três Corações, por ocasião de solenidade de formatura do Curso de Sargentos. O suspeito trabalhava como terceirizado na ESA, e aparecia em vídeos postados em redes sociais.
Na primeira das publicações encontradas pelo serviço de inteligência da Polícia Militar, o suspeito aparece em uma gravação contando que 'estaria analisando toda a situação, toda a área, para poder bolar seu plano' e 'na hora em que o presidente chegasse, iria acertar ele' (sic), como está descrito no boletim de ocorrência.
Além disso, em sua rede social, haveria ainda fotografias do interior do quartel. Em uma delas, segundo a polícia, havia a seguinte legenda: "inicia-se aqui a sequência de histórias onde estou infiltrado na toca do lobo, melhor dizendo, Exército Brasileiro". Noutra, o suspeito teria lembrado: "arte da guerra: mantenha os amigos próximos e os inimigos mais próximos ainda".
Ainda de acordo com a PF, crime contra a segurança nacional (artigo 20 da Lei n. 7170/83) tem pena de 3 a 10 anos de reclusão. A investigação tramita em segredo de Justiça.