A população adulta da Ilha de Paquetá, no Rio, está sendo vacinada contra a Covid-19 neste domingo (20). A imunização em massa começou às 9h.
Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, agradeceu a disponibilidade dos moradores de Paquetá em participar da pesquisa. Ela prestou solidariedade às famílias das mais de 500 mil vítimas da Covid no Brasil.
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“Vacinar é sempre uma emoção, principalmente quando pensamos na Importância de pesquisas que avaliam a vacina e o impacto na transmissão”, afirmou Nísia.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, também prestou solidariedade aos familiares das vítimas da Covid e agradeceu aos moradores da ilha. Ele destacou que houve a adesão de 70% da população que aceitou participar dos testes sorológicos e da vacinação.
“É um momento muito triste, são 500 mil mortos. É um momento de luto mas também um momento de construir esperança para o futuro. E esperamos que o futuro chegue aqui antes”, afirmou Soranz.
Brasil imunizado até o fim do ano
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a prometer a imunização de todos os brasileiros com mais de 18 anos com as duas doses até o fim do ano. Ele destacou que o programa é a esperança para acabar com a pandemia e lamentou também as mortes e as pessoas que sofrem com a doença. Para ele, o problema não é apenas brasileiro, mas uma emergência global.
“O programa nacional de imunização brasileiro é um dos mais respeitados do mundo. Temos a capacidade de vacinar 2,4 milhões de brasileiros por dia”, disse.
Queiroga afirmou que todas as doses foram adquiridas pelo governo federal e que a estratégia para aquisição de vacinas é multilateral: tanto pelo Covax Facility quanto por acordos bilaterais.
Ele destacou a importância também da Fiocruz, com a transferência de tecnologia e a possibilidade de produção 100% nacional.
“O estudo mostra o compromisso do Ministério da Saúde com a vacinação. A efetividade das vacinas da Fiocruz já foi comprovada pela Anvisa. Mas o compromisso com a ciência vai permitir entender outros aspectos da abrangência delas”.
O ministro não comentou o fato de ter passado a investigado na CPI da Covid do Senado nem os protestos deste sábado (19).
“O povo julga. Eu sou agente sanitário de saúde, não tenho nada a declarar sobre questões políticas. Meu foco é um: acabar com a pandemia. É para isso que estou aqui”, disse.
"Eu comprei 630 milhões de doses de vacinas para a vacinação no Brasil. As vacinas estão aí, o brasileiro já reconhece, estamos trabalhando juntos para superar a pandemia."