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Operação prende seis suspeitos de erguer condomínio ilegal da milícia na Taquara

Unidades clandestinas eram oferecidas por homem que se identificava como capitão da PM, que foi preso

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e as polícias Civil e Militar do RJ iniciaram nesta quarta-feira (11) a Operação Condomínio Fechado, contra uma milícia envolvida em construções ilegais na Zona Oeste do Rio.

A força-tarefa tenta prender sete pessoas. Até a última atualização desta reportagem, seis pessoas haviam sido presas - entre elas, há um capitão da PM.

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Segundo as investigações, a quadrilha ergueu um condomínio clandestino de casas na Estrada do Curumaú, na Taquara, em Jacarepaguá - em uma área de conservação ambiental. A construção começou em 2012.

Equipes do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), da Corregedoria da PM e da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil estão ainda em Itaboraí, na Região Metropolitana.

RJ1 denunciou em maio

As investigações que levaram à operação desta quarta começaram em maio do ano passado, a partir de uma reportagem do RJ1.

Na ocasião, a TV Globo mostrou um homem negociando os imóveis clandestinos. Trata-se, segundo o MPRJ, do capitão Vitor Alexandre Silveira de Araújo, um dos presos nesta quarta. No vídeo, feito com câmera escondida, Araújo dizia ser policial militar (relembre abaixo).

Homem que se identifica como capitão da PM vende imóveis ilegais na Taquara

Vitor chegou a ser preso e condenado, junto com outros três PMs, a 13 anos e 10 meses de prisão. O crime foi uma extorsão a um frequentador da Vila Mimosa, famosa região de prostíbulos no Rio de Janeiro, em 2010.

Araújo recorreu e foi absolvido por desembargadores da 5ª Câmara Criminal.

Casa de quase R$ 100 mil

Em maio, o capitão Araújo chegou a dizer que conseguia entregar uma casa por R$ 92 mil.

"Pra construir a gente vai construindo aos pouquinhos, mas a gente tem uma empreiteirazinha aí que a gente consegue entregar uma casa pronta por R$ 92 mil. A gente está conseguindo esse preço à vista. Parcelado sobe um pouquinho mais", comentou.

O capitão ainda faz questão de informar que o local tem toda a infraestrutura: "A gente está puxando a instalação da Light agora, rede nova."

Araújo disse ainda que não havia registro de posse, mas assegurou que a construção não havia sido fruto de invasão.

"Não é posse. Não é invasão. Não é nada disso. Isso aqui é um sítio que foi desmembrado", afirmou ele, que ainda disse que a região era segura, sem presença de tráfico ou milícia.

Intimidação a autoridades

O MP afirma que vários lotes foram vendidos ilegalmente por Maria das Graças Silva de Oliveira e por Carlos Alberto Ramos.

A denúncia enfatiza que Carlos Alberto, acompanhado de policiais militares, chegou a intimidar moradores. Os dois já se tornaram réus.

A ação pedia a derrubada das construções e o reflorestamento da área. Em 2012, a prefeitura emitiu dois editais de demolição, mas não foram avante.

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a prefeitura alegaram "que a demolição não foi possível, diante da atuação de grupos de milícias e de ameaças a fiscais", e outras providências não foram tomadas.

Desde então, o condomínio foi crescendo. Mesmo diante de todas as irregularidades, em 2018 o então vereador Chiquinho Brazão - do MDB e atualmente deputado federal do Avante - pediu à prefeitura iluminação pública para o condomínio.

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