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Operação fecha Av. Brasil para demolir ‘resort’ e academia do traficante Peixão

Mansão, construída com dinheiro ilícito, serve de base para armazenar armas e drogas


			
				Operação fecha Av. Brasil para demolir ‘resort’ e academia do traficante Peixão
Polícia desmantela 'resort' usado por traficantes em Parada de Lucas. Reprodução/TV Globo

A Polícia Civil e a Polícia Militar iniciaram nesta terça-feira (11), uma operação no Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio de Janeiro, para demolir imóveis de luxo do traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, chefe da facção Terceiro Comando Puro (TCP). Um dos endereços visados é um “resort” em Parada de Lucas.

Peixão não tem registro oficial de prisão nos arquivos da polícia. Sua primeira anotação criminal foi em 2015, num relatório que já o tratava como novo chefão de Parada de Lucas. Hoje são pelo menos 50 registros em sua folha, com cerca de 20 mandados de prisão por crimes como tráfico, homicídio, tortura, assaltos e ocultação de cadáver.

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Na chegada das equipes, houve intenso tiroteio, e a Avenida Brasil chegou a ser fechada preventivamente por alguns minutos. Às 6h, o trânsito fluía normalmente na via.

Na Supervia, porém, os trens do Ramal Saracuruna não circulavam entre Caxias e Penha até a última atualização desta reportagem.

‘Resort Green’

Serão derrubados, a partir desta terça, o “Resort Green”, um espaço com um lago privado para a criação de carpas e com piscinas, e um prédio onde funcionava uma academia de ginástica com equipamentos modernos de musculação.

A investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) aponta que a mansão, construída com dinheiro ilícito, serve de base para armazenar armas e drogas.

Ainda de acordo com a especializada, o “resort” de Peixão foi construído irregularmente em área de preservação ambiental, com vasta supressão de vegetação nativa e alteração do curso d’água.

“A gente tem que dar um tratamento mais rigoroso, incisivo e contundente contra estes narcotraficantes, que são, na verdade, narcoterroristas que atiram contra a população para fazer cessar a operação policial”, declarou o delegado Felipe Curi, chefe da Polícia Civil.

“O crime de terrorismo tem a ver com questões políticas ou religiosas. No caso do Peixão, sabemos que ele impõe uma ditadura religiosa, ele não permite certos tipos de crenças ou religiões. Ele expulsa pessoas que possuem religiões afro, candomblé, espiritismo, enfim, tudo o que não tiver com a crença que ele acredita. Não podemos permitir isso”, explicou.

Quem é Peixão

Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, é o chefe do Terceiro Comando Puro (TCP), facção do tráfico que rivaliza com o Comando Vermelho (CV) nas disputas de território no Rio de Janeiro. Peixão é, hoje, um dos criminosos mais procurados do estado — jamais foi preso.

O traficante domina o autointitulado Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio, que compreende a Cidade Alta, Parada de Lucas, Vigário Geral, Cinco Bocas e Pica-pau. Símbolos como a Estrela de Davi e a bandeira israelense estão espalhados pelas favelas.

O poderio bélico é outra característica desse conjunto de comunidades do TCP. Os comandados de Peixão têm arsenal e munição suficientes para sustentar horas de confronto.

O império de Peixão começou em meados de 2016, logo após a Olimpíada, quando houve a invasão à Cidade Alta. Os domínios do TCP foram aumentando até que, na pandemia, o Complexo de Israel foi estabelecido — e controlado com mão de ferro.

Peixão, por exemplo, determinou a instalação de câmeras pelas comunidades, mandou construir pontes entre as favelas e teve problemas com uma igreja católica da região que culminaram no fechamento do templo religioso.

Antes de se tornar Peixão, Álvaro era conhecido como Alvinho. Criado pela mãe, umbandista — que recebia santo (o Erê) vestida de branco —, ele comia pipoca e doces de criança na esquina da Avenida Brasil.

Mas ele se tornou evangélico e, na esteira da conversão, veio a intolerância religiosa. Terreiros foram proibidos e imagens de santos, retiradas do Complexo de Israel.

O traficante já foi investigado por ordenar ataques a terreiros de religiões de matriz africana, através da atuação do Bonde de Jesus em Duque de Caxias, onde nasceu. Ele mesmo pregava em uma igreja evangélica no município, como contou o g1 em 2019.

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