O Ministério Público do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta terça-feira (5), a 11ª fase da operação Leite Compensado e a 4ª fase da operação Queijo Compensado. São cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão emSão Pedro da Serra, no Vale do Caí;Estrela, no Vale do Taquari; Caxias do Sul, na Serra; e Novo Hamburgo, no Vale do Sinos.
As marcas investigadas por irregularidades e adulterações são das empresas Laticínios Roesler Ltda e Laticínios Campestre Ltda, de São Pedro da Serra, Casa de Queijos, deCaxias do Sule Nei Casa do Queijo - Produtos Coloniais, de Novo Hamburgo. Elas produziam queijos do tipo lanche, cobocó, colonial, de cabra, coalho e para assar, além de nata, leite pasteurizado e leite de cabra. OG1tenta contato com as empresas, mas ainda não foi atendido.
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Produtos fabricados pelas empresas Laticínios Roesler Ltda. e Laticínios Campestre Ltda., que administram as marcas Granja Roesler e Campestre, foram submetidos à análise e atestaram as presenças de coliformes fecais e da bactéria staphyloccocus, segundo o MP.
Também foi detectada a presença de adição de água e amido de milho no leite para aumentar o volume. Ainda foi confirmada a fraude a partir do acréscimo de água oxigenada e ácido sórbico, utilizados para elevar o prazo de validade dos produtos.
Conforme a investigação, as empresas de São Pedro da Serra têm autorização para vender seus produtos apenas na cidade, mas revendiam para casas de queijos de Caxias do Sul eNovo Hamburgo. Produtos das marcas Granja Roesler e Campestre haviam perdido, em junho de 2015, a autorização para vender laticínios para fora da cidade por irregularidades.
Um funcionário municipal de São Pedro da Serra foi suspenso do exercício da função pública, pois permitia que as indústrias funcionassem e colocassem produtos no mercado sem realizar as mínimas análises necessárias para prover a segurança alimentar dos consumidores.
Segundo informações do Ministério Público, ele tinha conhecimento de que os laticínios recebiam, mantinham em depósito, processavam e expunham à venda produtos fraudados e contendo bactérias.
A Justiça também determinou a apreensão de seis veículos, entre caminhonetes e caminhões, utilizados na fraude dos laticínios.