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'Não vou ter vergonha', diz jovem que perdeu couro cabeludo em kart

Após 15 cirurgias em Ribeirão Preto, Débora Dantas recebeu alta de hospital antes de dar início à segunda etapa do tratamento

Após ter o couro cabeludo arrancado em um acidente de kart no Recife, Débora Dantas de Oliveira encara a falta de cabelos naturais como um desafio. Ela, que foi liberada do hospital Especializado em Ribeirão Preto (SP) neste sábado (12), também vê a oportunidade de passar uma mensagem de autoestima a quem precisa.

Mesmo com a possibilidade de usar prótese capilar, ela quer se solidarizar com outras mulheres que, por diferentes circunstâncias, vivem a mesma situação que a dela.

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"Eu não vou ter vergonha da minha careca, muito pelo contrário. Nem da minha careca, nem das minha cicatrizes. Eu sinto que, na minha vida, observando as mulheres que tive como exemplo, muitas vezes a gente se esconde com medo de desaprovação, muitas vezes por se sentir feia. E eu não quero sentir isso pra mim. Nunca senti vergonha do que sou, pra mim é um orgulho", afirma a estudante.

Submetida a 15 cirurgias que fecharam os tecidos da cabeça, Débora deixará o hospital do interior de São Paulo, mas seguirá no interior de São Paulo para continuar a frequentar o centro médico duas vezes por semana para trocar periódicas dos curativos.

A partir de janeiro, ela deve dar início a uma nova etapa do tratamento, voltado à parte estética.

Otimismo

Depois de dois meses de internação, Débora não esconde a alegria de poder retomar a sua vida, ainda que longe da terra natal. "Estou muito ansiosa pra poder sair de novo, ver a rua", afirma.

Além de passear e retomar o convívio com outras pessoas, a jovem quer intensificar os estudos em busca do sonho de ser uma neurocirurgiã. Há três anos ela vinha se preparando e prestando vestibulares de medicina antes do acidente.

No radar da estudante estão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a proficiência em inglês com o objetivo de conseguir uma vaga em uma universidade brasileira ou uma bolsa de estudos no exterior.

"Não desistir, vou continuar com meu sonho, sempre me esforcei muito pra isso. Sempre corri atrás dos meus sonhos. Não é agora que vou desistir, vou ter mais força pra insistir nisso, meu conhecimento pra mim sempre foi prioridade", diz.

Estar no ambiente hospitalar, mesmo que em situação tão extrema, foi para a jovem um aprendizado e uma inspiração para a profissão que ela busca exercer. "Não era internação, era estágio", brinca.

Grata com a equipe médica que a atendeu, Débora está tranquila quanto ao resultado das intervenções estéticas que ainda serão feitas em sua face, como nas sobrancelhas, e que podem se estender ainda por alguns anos. "É um processo muito longo, que vai ter muto trabalho a ser feito."

Quando à impossibilidade de voltar a ter cabelos naturais, ela sabe que a aceitação da ideia é um desafio, mas ao mesmo tempo uma oportunidade de se solidarizar com outras pessoas que, por outros motivos, também perderam esse elemento estético.

"Eu queria mostrar que não precisam ter medo de quem elas são, não precisam se esconder. Não precisam ter medo de quem elas são, porque eu vou ser assim para o resto da minha vida. Eu também queria que as pessoas soubessem que não vou me entristecer. Estou feliz por estar viva", diz.

Acidente de kart

Débora participava de uma corrida de kart com o namorado na tarde de 11 de agosto, em uma pista no estacionamento do Walmart, em Boa Viagem, na zona Sul do Recife, quando o cabelo dela, que era na altura da cintura, soltou da touca e ficou preso no motor.

A pele foi arrancada desde a altura dos olhos até a nuca da jovem, que foi socorrida pelo namorado e levada ao Hospital da Restauração, na capital pernambucana. Tumajan disse que pegou "o rosto dela na mão", colocou em uma sacola e correu para levá-la ao hospital.

Os médicos conseguiram recuperar e reimplantar 80% da área atingida, além de retirar trombos, mas apontaram o risco de o procedimento não funcionar devido às obstruções em veias e artérias.

Em 18 de agosto, Débora foi transferida para Ribeirão Preto. Na mesma noite, os médicos confirmaram que coágulos em veias e artérias prejudicaram o reimplante do couro cabeludo, que precisou ser retirado. O crânio foi coberto com um curativo, que chegou a ser refeito no dia 20.

No dia 22, Débora voltou ao centro cirúrgico. Dessa vez, os médicos reconstruíram as pálpebras superiores e parte da testa. A parti daí, a equipe passou a planejar o transplante de pele e músculo, realizado dois dias depois com participação de um especialista dos EUA.

No início de setembro, ela foi liberada da UTI do Hospital Especializado para permanecer no quarto. Neste sábado, ela deixa o hospital pela primeira vez em dois meses.

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