O conselho de sentença do Tribunal do Júri de Brasília chegou, na madrugada desta quinta-feira (10/12), a um consenso em relação ao período de encarceramento de José Willamy de Melo Raiol, 28 anos, e Elizângela Almeida de Miranda de Sousa, 45, acusados matar Valdeci Carlos Sousa, servidor aposentado do TST, em 2018.
Os réus foram condenados, respectivamente, a 23 e 25 anos de reclusão. Ambos deverão cumprir a pena em regime inicial fechado.
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José Willamy foi condenado pelo crime de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e emprego de meio cruel. Elizângela foi condenada pela participação no crime.
Após o crime, José fugiu para uma favela comandada pelo Comando Vermelho em Belém. Porém, quase sete meses depois acabou preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), com apoio da Delegacia de Homicídios do Pará.
Memória
Segundo os investigadores, com a morte de Valdeci, o objetivo de José Willamy e Elizângela seria o saque das contas e o recebimento da pensão do servidor aposentado. Valdeci teria caído em uma emboscada. O crime ocorreu em em 18 de março do ano passado. A acusada teria atraído o ex-companheiro para a residência ao lhe dar expectativas de reatarem o relacionamento.
No imóvel, depois de dominarem o homem, a dupla teria colocado Valdeci no veículo e rodado por todo o Distrito Federal com ele. A perícia revelou que a mulher estava na direção do automóvel. O amante seguia torturando o aposentado no banco traseiro.
Valdeci foi assassinado com a própria arma. O corpo foi encontrado em uma região de cerrado, às margens da DF-001, próximo a ponte JK. Com base nas apurações da PCDF, para encobrir o crime, a mulher teria comunicado o desaparecimento do marido no dia seguinte.
Na época, de acordo com a polícia, ela teria confessado o homicídio em depoimento. A vítima foi morta com um único tiro na cabeça, supostamente disparado pelo amante de Elizângela.