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Médico condenado a 14 anos por estuprar sobrinha é homenageado na Alesp

Milton Seigi Hayashi foi condenado em duas instâncias na Justiça de SP


			
				Médico condenado a 14 anos por estuprar sobrinha é homenageado na Alesp
Milton Seigi Hayashi durante evento na Alesp. Reprodução

Um médico condenado a 14 anos e 4 meses de prisão por estupro de uma sobrinha foi homenageado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) em um evento promovido pela Associação Brasileira das Forças Internacionais de Paz no último dia 27 de março.

O g1 entrou em contato com a defesa de Milton Seigi Hayashi, mas não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem.

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A associação informou que Hayashi foi indicado pelo seu departamento de saúde "após análise de documentos, informações prestadas pelo médico e notícias encontradas em redes sociais, bem como referências apresentadas pelos seus 25 anos de serviços prestados como médico, não se tendo conhecimento do processo criminal informado".

Segundo a Justiça de São Paulo e denúncia do Ministério Público, o crime aconteceu em 2022, na residência de Hayashi, durante uma visita da sobrinha. De acordo com os autos, durante uma interação na piscina, o médico tocou a vulva da vítima, que tinha 9 anos à época.

No dia seguinte, Hayashi conversou pessoalmente com a mãe da criança, que gravou o diálogo. Na ocasião, o médico chegou a confessar o crime e disse estar arrependido e "morrendo de vergonha".

Segundo a 1ª Vara Criminal de Birigui, houve a comprovação do crime com base no registro de boletim de ocorrência, relatório da Polícia Civil, na gravação da conversa e nos depoimentos.

Hayashi foi condenado a 16 anos e 4 meses de reclusão. Após recurso, a 8ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo reduziu a pena em dois anos, mas confirmou a condenação.

O g1 entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) para saber se a situação de Hayashi permanece inalterada após a condenação por estupro, mas não obteve retorno. Seu registro como médico especialista em cirurgia plástica segue ativo.

Em nota, a Alesp disse que o evento mencionado é de inteira responsabilidade da associação e que o espaço foi solicitado pelo gabinete do deputado Capitão Telhada (PP) - filho do ex-deputado Coronel Telhada, atual subprefeito da Lapa.

"Cabe ressaltar que esse item distribuído - Medalha Cinquentenário das Forças de Paz do Brasil - não está entre as honrarias oficiais do Parlamento Paulista", afirma o texto.

O g1 também procurou o deputado estadual do PP para comentar o assunto, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

Repercussão após homenagem

Ao agradecer a homenagem, o médico disse que a medalha recebida "representa o que eu acredito: a cirurgia plástica é sobre dignidade, autoestima e transformação de vidas — especialmente de quem mais precisa. Meu sentimento é de alegria, gratidão e responsabilidade renovada".

O Ministério Público de São Paulo foi informado que, durante a solenidade, foi cogitada a possibilidade de o réu fazer uma viagem ao Japão a pretexto de receber uma outra homenagem naquele país, mas com suposta intenção de fuga do Brasil. Em razão disso, o órgão solicitou a apreensão do passaporte do acusado.

As autoridades, então, foram informadas que o passaporte de Hayashi já havia sido apreendido em 2022, mas ainda há o receio de que o médico tenha outros documentos que possibilitem sua saída do país.

O g1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça e com a Polícia Federal para obter mais detalhes, incluindo o motivo de o médico não estar preso, apesar da condenação em duas instâncias, e aguarda retorno.

Em nota, a Associação Brasileira das Forças Internacionais de Paz disse que não tinha conhecimento da ação criminal antes da solenidade e que, após ser informada, irá instaurar um procedimento interno para avaliar se a honraria dada ao médico poderá ser cassada.

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