Uma manifestação contra a morte de João Alberto, em Porto Alegre, terminou em quebra-quebra em uma unidade do Carrefour da rua Pamplona no bairro dos Jardins, Zona Sul da capital. A 17ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo, realizada nesta sexta-feira (20), pediu justiça.
Após o fim do ato pacífico, um pequeno grupo de manifestantes usou pedras e paus para atacar a loja e quebrar a vidraça da unidade, que fica dentro de um shopping da região.
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Os manifestantes também entraram no supermercado e atearam fogo em alguns produtos. Seguranças do Carrefour usaram extintores para apagar as chamas e fecharam a loja com clientes dentro, para evitar novos tumultos.
Ninguém se feriu no ato, mas ao menos um carro que estava no estacionamento do shopping também foi atacado e destruído pelos manifestantes. A fachada de fora da loja teve os vidros destruídos, assim como uma das escadas rolantes do shopping.
A manifestação começou por volta das 16h, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Os manifestantes se dirigiram à unidade do Carrefour da rua Pamplona, por volta de 18h30.
Durante o ataque ao supermercado, organizadores da marcha pediam no microfone para os manifestantes não danificarem a unidade, mas não foram ouvidos pelo pequeno grupo que atacou o supermercado.
Por causa do tumulto, a polícia interviu e fechou parte da rua Pamplona para dispersar os manifestantes.
17ª Marcha da Consciência Negra
A 17ª Marcha da Consciência Negra foi convocada por organizações do movimento negro com o tema "Vidas Negras Importam".
O ato na capital paulista também pede justiça pela vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada no Rio de Janeiro em março de 2018, além de lembrar a violência sofrida pela população negra nas periferias do Brasil.