Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > BRASIL

Mais de 600 mil já foram demitidos de restaurantes e bares, segundo pesquisa

Segundo a ANR, 61,8% das empresas já demitiram

Mais de 600 mil pessoas podem ter sido demitidas de bares e restaurantes com a escalada do novo coronavírus no Brasil, de acordo com projeção da ANR (Associação Nacional de Restaurantes) baseada em enquete com seus associados.

A entidade, que agrega 9.000 associados, entre grandes redes, franquias e restaurantes independentes, recebeu respostas de cerca de 70% de seus integrantes de 27 de março a 1º de abril. Identificou que 61,8% dessas empresas já demitiram.

Leia também

"Estimo que esses 61% correspondem a cerca de 15% dos 20% dos funcionários da força de trabalho dos associados. Com essa estratificação, assumo que as demissões do setor no Brasil podem girar em torno de 600 mil a até 800 mil", diz Cristiano Melles, presidente da ANR, que reúne redes como McDonald's, China in Box, Viena e Outback.

Considerando trabalhadores formais e informais, o setor emprega 6 milhões no país.

Na quarta, a rede Madero demitiu 600 funcionários. A IMC anunciou corte de 30% da sua força de trabalho.

A ANR diz que mais da metade dos associados que responderam (53,2%) afirmou que perdeu de 50% a 90% do faturamento na comparação entre março deste ano e o mesmo mês de 2018.

Só 3% disse ter registrado aumento na receita, mas apenas nas operações de delivery; 36% afirmaram que adaptaram suas operações rapidamente para ofertar o serviço de entrega.

Sobre a manutenção de negócios no período pós-pandemia, 16% disseram que fecharão as portas. Já 57% dos empresários afirmaram que seguirão com a empresa, enquanto 27,5% declararam que vão manter algumas lojas abertas, mas fecharão outras.

Nesta quarta (1º), o governo editou uma MP (Medida Provisória) que autoriza o corte salários e jornadas de trabalhadores durante a crise provocada pelo vírus. As reduções poderão chegar a 70% e têm prazo máximo de 90 dias.

A MP também libera a suspensão de contratos de trabalho por até dois meses, estabelecendo o pagamento do seguro-desemprego nesses casos.

A medida era um pleito de diversos segmentos, incluindo o de restaurantes. Para o presidente da ANR, ela dá alento ao setor e previsibilidade em relação aos funcionários.

"Agora vamos trabalhar para aumentar o prazo [da suspensão de contratos] de 60 dias para 120 dias. Se a medida tivesse saído dez dias antes, sem dúvida diminuiria o estrago, mas precisou haver consulta ao STF e alguns pontos não tiveram a rapidez necessária", afirma Melles.

Além disso, ele ressalta que o período pós-quarentena deve ser de retomada leve, tanto pelo consumo, que será afetado pelo desemprego, como pelo receio das pessoas, que deverão seguir normas iniciais de afastamento nos restaurantes.

A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) tem um número mais conservador sobre demissões, considerando apenas o mercado formal.

A estimativa era de que até a semana que vem o setor fosse demitir 350 mil pessoas. Com a medida provisória do governo, a projeção caiu para 150 mil, de acordo com Paulo Solmucci, presidente da entidade.

"A recepção da medida é a melhor possível porque esses últimos 15 dias foram de desespero e quase pânico com o não pagamento do salário. Já levamos ao governo um pleito central que é incluir a folha de março na medida; se ele não puder fazer isso, talvez tenhamos que ir ao Congresso", diz.

Segundo ele, a medida foi bem elaborada e favorece pessoas que, possivelmente, estariam desempregadas nas próximas duas semanas. A associação está orientando que restaurantes reconsiderem as demissões já feitas e tentem as enquadrar em suspensões.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Tags

Relacionadas