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Mais de 50 mulheres denunciam comerciante por abuso sexual em MG

A primeira audiência estava marcada para 10 de novembro deste ano, mas foi adiada em função da Covid-19.

O empresário Cleidison dos Santos, apontado como suspeito de abusar sexualmente de mulheres em provador de lojas de roupas no centro de Belo Horizonte, já responde, judicialmente, a um processo de 2018 por estupro de uma jovem, na época com 22 anos.

A primeira audiência estava marcada para 10 de novembro deste ano, mas foi adiada em função da Covid-19, segundo o Fórum Lafayette. Uma nova data ainda não foi marcada.

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O caso corre em segredo de Justiça, mas o G1 teve acesso ao boletim de ocorrência que motivou o processo. O registro foi em 27 de abril de 2018, quando a vítima procurou a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher.

De acordo com a denúncia, a jovem relatou que viu, pelo Instagram, uma proposta de trabalho na loja Ana Modas, que fica no Shopping Uai.

Segundo o relato da vítima, depois de trocar mensagens com Cleidison pelo whatsapp, ela foi até a loja para conversarem pessoalmente. Ainda de acordo com o BO, logo que chegou, o empresário perguntou se a mulher tinha silicone e, sem o consentimento da jovem, tocou os seios dela.

A vítima relatou à polícia, na época, que entrou no vestiário para experimentar uma roupa a pedido do empresário. Segundo o depoimento, ele entrou em seguida, tirou as calças e começou a se masturbar. A jovem disse à polícia, ainda, que tentou sair, mas foi agarrada pelos cabelos e forçada a fazer sexo oral.

Sobre o processo, o advogado de defesa do empresário, Sérgio Duarte do Nascimento, disse que não existem provas concretas do crime e que aguarda a marcação de audiência.

A Polícia Civil confirmou que há pelo menos 5 boletins de ocorrência contra o suspeito, mas não detalhou quantas pessoas ou vítimas foram ouvidas até agora para não atrapalhar as investigações.

Movimento em redes sociais recebeu mais de 50 relatos

O movimento de denúncias começou depois que uma adolescente publicou um relato na internet, na última semana. A consultora financeira Maria Eduarda Amaral, de 20 anos, que deu origem ao movimento "#ExposedBH", em junho deste ano, viu a postagem da amiga e decidiu compartilhá-la em solidariedade.

"Quando postei no meu Instagram, outra amiga minha disse que também havia sido abusada por ele. Eu fiquei assustada porque, só no meu círculo social, eram duas vítimas. Fiz a exposição e postei nos stories. Depois disso, várias meninas começaram a me chamar, muitas mesmo. Os casos são parecidos, de entrar no provador e passar a mão nelas. Foram mais de 50 relatos", contou.

O que diz o suspeito

Na manhã desta quarta-feira (30), a advogada que defendia Cleidison dos Santos Fernandes informou que deixou o caso. Na terça-feira, ela havia enviado uma nota dizendo que "a Loja Ana Modas, bem como seu proprietário repudiam veementemente as acusações sofridas indevidamente, e informam que os verdadeiros fatos serão provados oportunamente, ficando claro sua inocência e idoneidade" (sic).

O G1 tentou contato com o suspeito por telefone e enviou mensagens, mas não recebeu retorno. A nova defesa dele não foi localizada.

Também por meio de nota, o Shopping Uai disse que repudia "qualquer forma de violência e abuso, principalmente contra as mulheres" e que se disponibiliza "a auxiliar todas as pessoas vítimas que precisarem de orientação no encaminhamento jurídico ou psicológico".

O centro de compras afirmou ainda que enviou uma notificação para que a Loja Ana Modas se manifeste em até 48h, "sob pena de rescisão sumária de seu contrato de locação".

Denúncias

A polícia reforça a importância de as vítimas procurarem a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher para formalizar as denúncias. O prédio funciona 24h por dia e fica na Avenida Barbacena, 288, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte.

De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), de janeiro a novembro de 2020, foram registrados 899 estupros consumados, 184 tentativas de estupro, além de 2.369 casos consumados e 112 tentativas de estupro de vulnerável

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