A mulher de 73 anos que foi resgatada depois de passar mais de cinco dias sem comer morreu após receber alta de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Goiânia. A Polícia Civil lamentou a morte da idosa e explicou que o filho dela é investigado por maus-tratos, abandono, exploração financeira e agora homicídio contra a idosa. Ele havia sido preso, mas foi solto pela Justiça de Goiás durante uma audiência de custódia.
“Ela foi internada na UTI, ficou por alguns dias ali, recebeu alta, voltou para casa e para os cuidados do filho. Ela voltou para o mesmo local onde ela ficou doente. Em dois dias ela morreu”, revelou o delegado Alexandre Bruno.
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Ao ser resgatada no dia 28 de janeiro, a mulher foi encontrada sem água potável, sem higiene pessoal e cercada por sujeira, vivendo em um ambiente insalubre, com forte odor, sem iluminação e ventilação adequada. Ela morreu na noite do dia 12 de janeiro.
O g1 não localizou a defesa dele para um posicionamento até a última atualização deste texto. Um outro filho da idosa e o ex-marido dela também são investigados, mas a reportagem também não conseguiu localizar o contato deles.
Resgate de idosa
A polícia contou que passou a investigar o caso depois de receber uma denúncia anônima sobre a situação da idosa. Na denúncia, foi informado que vizinhos não escutaram resposta ao chamarem por ela, por isso, arrombaram a porta, encontrando a mulher com a saúde debilitada e sem acesso a cuidados básicos.
“O filho empregava sofrimento a idosa a ponto de torturá-la. [A Polícia Civil] se deparou com a idosa em estado quase cadavérico, magra, verdadeiramente em pele e osso", descreveu o delegado Alexandre.
Um vídeo divulgado pela Polícia Civil mostra o atendimento médico à idosa ainda na casa em que ela foi encontrada (assista acima). Na ocasião, ela estava deitada em cima de uma cama.
Os suspeitos também são investigados por exploração financeira, já que faziam uso do cartão de proventos da idosa para benefício próprio e a deixavam sem alimentação e sem atendimento médico. A polícia disse que, ao ser preso, um dos filhos dela tentou minimizar os fatos:
“Foi frio em dizer que pra ele aquilo era normal”, detalhou o delegado.
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