
Depois de um primeiro turno longe dos palanques, o presidente Lula (PT) decidiu se engajar na campanha eleitoral, privilegiando cidades onde o PT e partidos aliados têm mais chances de vitória neste segundo turno.
Por outro lado, tem mantido distância de cidades onde o cenário é considerado difícil, caso de Porto Alegre, e capitais em que uma visita do presidente poderia prejudicar a campanha, como Cuiabá.
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Entre interlocutores de Lula, há uma avaliação de que embarcar em campanhas com menos chances de prosperar pode trazer a derrota para o colo do presidente.
A participação de Lula no segundo turno seria encurtada em razão da viagem à Rússia para participar da cúpula dos Brics, a partir da próxima terça (22). O mandatário ficaria fora do país ao longo da semana, voltando apenas para fechar a campanha de Guilherme Boulos (PSOL).
Nos últimos oito dias, o presidente fez um périplo por seis cidades: Fortaleza, Natal, Camaçari (BA), Mauá (SP), Diadema (SP) e São Paulo. O engajamento contrasta com o primeiro turno, quando Lula fez campanha presencialmente apenas na capital paulista.
Aliados cobravam maior participação do presidente, sobretudo após o desempenho do PT, considerado abaixo das expectativas no primeiro turno. O partido não venceu em nenhuma capital e chegou ao segundo turno em 13 cidades, incluindo Fortaleza, Natal, Cuiabá e Porto Alegre.