O Fantástico desse domingo (29) mostrou imagens inéditas e novos detalhes do assalto a um avião-pagador na pista de um aeroporto no Rio Grande do Sul. Em poucos minutos, os bandidos levaram cerca de R$ 14 milhões. Segundo as investigações, parte do grupo tem ligações com o PCC e já havia participado de pelo menos 23 ataques a empresas de transporte de valores.
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Os nove criminosos usam roupas que parecem de agentes da Polícia Federal e chegam até a pista de pousos e decolagens. O alvo é um avião com R$ 30 milhões da Caixa Econômica Federal. Os bandidos estão armados com fuzis e metralhadoras ponto 50 e trocam tiros com os vigilantes da empresa transportadora de valores.
Fotos mostram como ficaram o avião e o carro-forte durante a ação neste que foi o maior assalto do Rio Grande do Sul.
Na fuga, os criminosos deixam para trás uma das caminhonetes, carregada com mais de R$ 15 milhões. Em seguida, eles largam os carros em uma área rural. Para não chamar a atenção da polícia, eles usaram uma van escolar como para dar fuga aos assaltantes depois que eles abandonaram os carros. Assim, a quadrilha conseguiu deixar o Rio Grande do Sul com mais de R$ 14 milhões.
As investigações mostram que a ação foi orquestrada pelo PCC e pela facção gaúcha Bala na Cara.
“Um conhecimento prévio, equipamentos militares que exigem que o atirador tenha um conhecimento realmente específico para manobrar, como trocas de carregadores, como posturas de abrigo, anteparo”, afirma Márcio Teixeira, delegado Polícia Federal.
Para a polícia, o grupo já tinha participado de mais de 20 assaltos a carros-fortes, bancos e aeroportos em todo o país. Dezessete pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal e irão a julgamento. Dos R$ 14 milhões roubados, só R$ 70 mil foram recuperados até agora. A PF pediu o sequestro de dezenove contas bancárias.
“Nós temos: latrocínio, um consumado, depois nós teremos o delito de lavagem de dinheiro. Mas o fundamental dessas figuras é que elas sejam isoladas das ruas, não na cadeia mais próxima, mas que elas têm um isolamento em estabelecimentos prisionais federais. Isto é fundamental”, afirma Celso Três, procurador da República.