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Internados em hospitais do RJ por outros motivos contraem Covid-19 e morrem

Na Baixada, mulher sobreviveu à bala perdida, mas morreu com o vírus. 1,9 mil enfermeiros foram afastados do trabalho após contaminação no estado.

Hospitais estão se tornando um risco de contaminação pelo novo coronavírus para pacientes com outras doenças ou que sofreram traumas, além dos próprios profissionais que trabalham nas unidades do RJ.

O RJ2 levantou algumas histórias de pessoas que acabaram se contaminando durante o tratamento. Roberta, de 41 anos conseguiu sobreviver a um tiro de bala perdida em frente de casa, mas não resistiu ao coronavírus contraído no Hospital Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias.

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Aos 82 anos, o pai do Mário sofreu uma queda em casa, fraturou a perna e precisou passar por cirugia no Hospital Pedro Ernesto. Já estava em recuperação no hospital, quando contraiu o novo coronavírus e morreu.

"Na época, até a família cogitou a possibilidade dele operar depois que isso tudo passasse, mas não podia. O quadro clínico era realmente pra cirurgia e aí ele consegue a internação um pouquinho antes do hospital se fechar pra outros casos né" , diz Mário Arrais.

1,9 mil enfermeiros afastados

Quem está nas zonas de combate à Covid-19 também vive momentos de incerteza

Por medo da contaminação, maqueiros do Hospital Salgado Filho não estão querendo trabalhar. Um vídeo mostrando uma sala cheia de corpos de vítimas da Covid-19 foi gravado no hospital na noite de quinta. A direção do hospital disse que o necrotério tem 12 gavetas e que os corpos que aparecem no vídeo da reportagem estão num espaço refrigerado. A direção disse também que um contêiner frigorífico já foi alugado e que aguarda a instalação.

Pelo menos 1.900 enfermeiros do Rio já foram afastados com a Covid-19.

O infectologista Fábio Chaperman observa que nem todas as unidades de saúde estão organizadas para garantir o mínimo de segurança aos funcionários e pacientes, o que inclui áreas de isolamento, triagens rápidas e equipamentos de proteção. A Secretaria Municipal de Saúde disse que adotou estratégias como a suspensão de visitas, reduzindo a circulação de pessoas e, consequentemente, o risco de contaminação.

Fisioterapeuta luta para voltar em segurança

Josy Silva trabalha em três hospitais públicos. É fisioterapeuta respiratória e chegou a pedir demissão de umas das emergências por falta de condições de segurança. Ela dá suporte aos pacientes que precisam de oxigênio.

"A gente trabalha junto com a equipe médica, manipulando a via aérea do paciente. A gente está fazendo isso, a todo momento todos plantões atendendo paciente da Covid e inevitavelmente a gente está se contaminando", diz Josy, que acabou pegando a doença.

"Comecei os sintomas no meio de um plantão noturno. Eram 3h da manhã quando eu comecei com febre, calafrios e dor nas costas. Já precisei ir pra emergência. Estava cansada, falta de ar... Consegui fazer o teste, fiz tomografia, tudo compatível com a Covid, lembra a fisioterapeuta, que está isolada em casa sem os filhos e o marido.

"Os primeiros dias foram ruins. Agora estou melhorando, mas a gente sabe que a partir do sétimo dia - do sétimo ao décimo dia é hora que o paciente evolui bem ou evolui com gravidade. Eu sei que 80% das pessoas com Covid vão ter sintomas leves, sair dessa. Tem colegas que tão voltando, mas tem aqueles que viram paciente e não conseguiram resistir", diz Josy.

"Estou torcendo pra que eu fique bem, que eu consiga voltar, fazer o meu trabalho. Mas a gente fica com medo, acrescenta.

O trabalho de profissionais como a Josy é fundamental e que garante a recuperação de muitos pacientes. Um esforço que antes de agradecimentos, merece muita proteção.

"A exposição é muito alta. Não acho que a gente é herói. Mas a gente é muito frágil e precisa de condições e trabalho, equipamento de proteção adequado. Eu sou mãe, tenho dois filhos, preciso ir pra casa, estar bem", conclui.

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