O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes solicitou a retirada do porte de armas do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, nesta sexta-feira (27). O magistrado também pediu que Janot seja proibido de entrar no tribunal.
Os pedidos foram feitos um dia depois da entrevista dada pelo ex-procurador-geral ser publicada. Na conversa, Janot revelou a intenção de matar Gilmar Mendes e se suicidar em seguida.
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As entrevistas foram publicadas nos jornais "O Estado de S. Paulo" e "Folha de S.Paulo" e na revista "Veja", nessa quinta (26), Janot revelou que, em 2017, quando estava à frente da Procuradoria Geral da República (PGR), entrou armado no Supremo com a intenção de matar Gilmar Mendes.
O fato também está narrado no livro de memórias de Janot, mas sem o nome do ministro.
O pedido de Gilmar Mendes foi feito ao ministro Alexandre de Moraes em inquérito que apura ofensas aos ministros da Corte. O documento é sigiloso porque a investigação corre em segredo. Não há previsão de prazo para decisão por parte de Moraes.
Após deixar o cargo de procurador-geral, em setembro de 2017, Janot voltou a ser subprocurador-geral da República - o topo da carreira do Ministério Público Federal. Há cerca de 60 subprocuradores em atuação na PGR, que atuam em processos nos tribunais superiores.
Em abril deste ano, Janot se aposentou do cargo e passou a advogar. Atualmente, tem escritório e atua na área de compliance.
Todos os integrantes do Ministério Público Federal têm direito a porte de armas. De acordo com a lei orgânica do Ministério Público, o procurador aposentado mantém as prerrogativas do procurador em atividade. Logo, mesmo aposentado, Janot mantém o direito ao porte de arma.
*Com informações do G1 e Jornal Hoje