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Fundação Saúde fez pagamentos ao PCS Lab após tomar ciência das infecções por HIV

Apesar de solicitações da empresa, governo garante que não realizou pagamentos em outubro


			
				Fundação Saúde fez pagamentos ao PCS Lab após tomar ciência das infecções por HIV
Sede do PCS Lab Saleme, em Nova Iguaçu. Rafael Nascimento/g1

A Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro manteve pagamentos ao laboratório PCS Lab Saleme, em setembro, mesmo após ter conhecimento de que houve a produção de laudos errados que resultaram na infecção por HIV de seis transplantados.

Durante todo o mês, a fundação pagou R$ 857 mil ao laboratório, segundo documentos obtidos pelo g1.

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A Secretaria Estadual de Saúde diz ter tido ciência da situação em 10 de setembro, quando um paciente transplantado foi ao hospital com sintomas neurológicos e teve o resultado para HIV positivo. Ele não tinha o vírus antes e recebeu um transplante de coração em janeiro.

Em nota, a Fundação Saúde informou que os pagamentos "são referentes às despesas realizadas em meses anteriores" (leia a nota completa no fim da reportagem).

Outros três documentos obtidos pela equipe de reportagem mostram a soma de R$ 299.003,95 em pagamentos, com datas entre 1º e 9 de outubro. A Fundação Saúde, no entanto, afirma que essas notas não foram pagas. O caso veio à público em 11 de outubro.

Um deles é a nota fiscal 51385, de 1º de outubro, no valor de R$ 218.668,94, por exames realizados em 1º e 19 de julho. No pé do documento há uma rubrica e a data de 2 de outubro.

Outro documento foi o SEI85239326 encaminhado, em 9 de outubro, junto com a nota fiscal 51387 no valor de R$ 40.613, 97 à Fundação Saúde. O documento se refere a serviços prestados também entre 1 e 19 de julho.

A Fundação Saúde também diz que nenhum desses serviços foi pago.

O que diz a Fundação Saúde

"A Fundação Saúde informa que não foi realizado pagamento após 01/10. Todos os pagamentos ao laboratório PCS estão suspensos e uma sindicância foi aberta no dia 07/10. Os valores pagos em setembro são referentes às despesas realizadas em meses anteriores, que já tinham sido faturados quando foi determinada a instauração da sindicância.

Os comprovantes apresentados pela reportagem se referem a serviços prestados antes da interdição do Laboratório. Conforme está na própria nota de liquidação, a competência é a junho de 2024. Esse serviço foi pago em setembro. O documento SEI 85239326 e a Nota Fiscal 51385 são referentes a serviços prestados em julho, que não foram pagos pela Fundação em função da suspensão do contrato. No total, a Fundação pagou, em setembro, cerca de R$ 857 mil ao Laboratório PCS".

MP investiga contratação

Depois que o caso foi noticiado, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro informou que vai investigar a contratação do laboratório Patologia Clínica Doutor Saleme (PCS-Saleme) pelo governo do estado, encaminhando o caso para os promotores de Justiça de Cidadania.

O laboratório tem como um dos sócios Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira. Ele é primo do ex-secretário de Saúde Doutor Luizinho, deputado federal e líder do PP na Câmara dos Deputados.

A investigação, segundo o MP, vai abarcar a análise do dano pelo serviço não prestado adequadamente e possíveis irregularidades na licitação, em decorrência dos vínculos mencionados.

Segundo o governo do estado, o PCS Lab Saleme, uma unidade privada de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi contratada pela SES-RJ em dezembro do ano passado, por meio de pregão eletrônico (um tipo de licitação) no valor de R$ 11 milhões, para fazer a sorologia de órgãos doados. Antes disso, houve outras contratações.

Outro sócio do laboratório é Walter Vieira, casado com a tia de Luizinho. Os dois chegaram fazer campanha para Doutor Luizinho em eleições passadas. Walter foi preso nesta segunda-feira, e Matheus foi alvo de busca e apreensão.

Doutor Luizinho deixou o cargo três meses antes da contratação do laboratório. A irmã dele, Débora Lúcia Teixeira, trabalha na Fundação Saúde, empresa pública do estado que assina o contrato com o laboratório. O deputado foi secretário de Saúde de janeiro a setembro de 2023.

De 2022 até setembro de 2024, o valor empenhado pela Secretaria de Saúde em contratos com a PCS Lab foi de R$ 21,5 milhões.

A empresa já recebeu os R$ 19,6 milhões, desde 2022, da Fundação Saúde, que é uma empresa pública do governo do estado. Os valores foram subindo, ano a ano.

Os primeiros pagamentos feitos à empresa datam de agosto de 2022, pra análises laboratoriais em UPAs, como Bangu, Campo Grande e Realengo. Mas não havia um contrato sequer.

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