O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, afirmou nesta terça-feira (13) em uma rede social que a ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva (Rede), os deputados David Miranda e Talíria Petrone (ambos do PSOL-RJ), o ex-deputado Jean Wyllys e a cantora Preta Gil declaram-se negros "por conveniência".
Segundo Camargo, Marina Silva foi excluída da lista de personalidades negras da Fundação Palmares porque "não tem contribuição relevante para a população negra do Brasil". "O ambientalismo dela vem sendo questionado e não é o foco das ações da instituição", escreveu.
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Até a última atualização desta reportagem, o G1 buscava contato com as pessoas mencionadas por Camargo.
Para o presidente da fundação, Marina Silva "autodeclara-se negra por conveniência política".
"Não é um caso isolado. Jean Willys, Talíria Petrone, David Miranda (branco) e Preta Gil também são pretos por conveniência. Posar de "vítima" e de "oprimido" rende dividendos eleitorais e, em alguns casos, financeiros", disse.
Segundo Camargo escreveu na rede social, "posar de 'vítima' e de 'oprimido' rende dividendos eleitorais e, em alguns casos, financeiros".
Em junho, em uma reunião gravada, Camargo chamou o movimento negro de "escória", disse que Zumbi era um "filho da puta que escravizava pretos" e criticou o Dia da Consciência Negra - ele defende um decreto para que a data deixe de ser feriado.
No ano passado, Camargo disse que a escravidão beneficiou os descendentes dos negros escravizados que vivem no Brasil.
"A escravidão foi terrível, mas benéfica para os descendentes. Negros do Brasil vivem melhor que os negros da África", afirmou.