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'Foram 17 dias sem fim', desabafa mãe ao recuperar guarda da filha após denúncia

Justiça revogou a guarda provisória concedida para a avó e, nesta sexta-feira mesmo, a filha já pôde ir para a casa da mãe

Depois de mais de duas semanas em uma briga judicial pela guarda da filha, a manicure Kate Ana Belintani, de Araçatuba (SP), pôde ter a adolescente de 12 anos em casa novamente nesta sexta-feira (14). Ela tinha perdido a guarda após uma denúncia de maus-tratos em um ritual de candomblé.

A Justiça revogou a guarda provisória concedida para a avó e, nesta sexta-feira mesmo, a filha já pôde ir para a casa da mãe.

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"Estou muito feliz. Ela já dormiu em casa, estamos muito felizes. Não desejo o que passei para ninguém. Foram 17 dias sem fim, foram dias tristes, mas agora é aproveitar", afirma a mãe em entrevista ao G1 neste sábado (15).

A mãe da adolescente perdeu a guarda da filha depois que foi denunciada por maus-tratos por levar a garota em um ritual de iniciação no candomblé. O caso foi no dia 23 de julho.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado na época, policiais relataram que foram ao local e encontram a adolescente tranquila, sem lesão ou hematoma aparente. Contudo, afirmaram que ela trajava roupas brancas, que remetem à religião, e estava com os cabelos raspados.

Questionada, a menina informou que estava passando por um tratamento espiritual e que não sofreu nenhum tipo de maus-tratos. A mãe dela também confirmou a informação e disse que a raspagem dos cabelos fazia parte do processo de iniciação do candomblé.

A garota passou por perícia no Instituto Médico Legal (IML) para constatação do corte de cabelo, o que o delegado de plantão entendeu como uma forma de lesão corporal. Desde então, por ordem da Justiça, ela estava morando com a avó materna.

Briga judicial

Em entrevista ao G1, a mãe da menina informou que contratou um advogado para fazer com a filha voltasse para a casa e disse que a filha foi retirada do terreiro depois de sete dias do início do ritual, que normalmente costuma durar 21 dias.

"Felicidade de mãe agora não cabe no peito. Não temo mais perdê-la. Ficou provado que não houve nada. Que fique a lição, com toda a repercussão, que as pessoas não discriminem, não só a religião, mas por raça. As pessoas ainda não entendem a religião", diz.

Kate afirma que mesmo com toda a repercussão, a filha pretende seguir na religião do candomblé. "Só deu mais força para ela continuar, ela pode exercer agora ficou mais que provado. Foi tudo certo, dentro da lei, sem problema para ninguém", diz.

Protesto

O caso ganhou repercussão nacional. Nesta quinta-feira (13), moradores de Araçatuba se reuniram e fizeram um protesto pacífico contra a intolerância religiosa.

O ato começou na frente do Conselho Tutelar, por volta das 16h. Em seguida, os manifestantes seguiram para a Praça Rui Barbosa, onde continuaram reunidos. A Polícia Militar acompanhou o ato e interditou algumas ruas para a segurança dos moradores.

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