Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > BRASIL

Estudante picado por naja no DF tem melhora no quadro de saúde

Pedro Henrique Krambeck, de 22 anos, está internado desde terça-feira (7) em hospital particular

O estudante de medicina veterinária picado por uma cobra da espécie naja, no Distrito Federal, teve melhora no quadro de saúde. Pedro Henrique Krambeck, de 22 anos, está internado em um hospital particular desde o dia 7 de julho. Ele chegou a ficar em coma e recebeu soro antiofídico.

Com previsão de alta para os próximos dias, o jovem segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A informação foi confirmada pelo G1, na manhã deste domingo (12), por fontes ligadas ao hospital.

Leia também

A serpente, considerada uma das mais venenosas do mundo, é originária de regiões da África e da Ásia. Os efeitos da picada do animal geralmente são fatais e podem levar à morte em questão de minutos. O veneno da naja é neurotóxico e afeta, sobretudo, a área neurológica do organismo.

Por causa da picada, o estudante de veterinária foi medicado com um soro antiveneno que só foi encontrado no Instituto Butantan, em São Paulo. O Butantan informou, no entanto, que não produz e nem disponibiliza soro antiofídico para acidentes com naja, uma vez que é uma espécie exótica, não pertencente à fauna brasileira.

"A instituição somente mantém um pequeno estoque em sua unidade hospitalar de atendimento para eventual acidente com pesquisadores que realizam estudos com o animal na instituição [...]."

Multa e crime ambiental

Ainda internado, Pedro foi multado pelo Instituo Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) em R$ 2 mil. Ele é suspeito de criar e reproduzir serpentes para um suposto esquema de tráfico de animais silvestres.

Após o incidente, a naja foi abandonada perto de um shopping, no Lago Sul, na noite de quarta-feira (8). Desde então, a cobra está sob os cuidados do Zoológico de Brasília (veja detalhes abaixo), assim como outras 16 serpentes apreendidas em um haras, na região de Planaltina.

Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam que o estudante é o dono da naja e das outras 16 serpentes. A maioria dos animais não tinha registro. Além disso, a criação de cobras venenosas é proibida no Brasil e configura crime ambiental.

Tráfico de animais

Neste sábado (11), a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão em um imóvel no Guará II. De acordo com a corporação, o apartamento está em nome do pai de um dos amigos de Pedro Henrique, um servidor público do Judiciário.

No local, os agentes apreenderam uma estufa e um tipo especial de areia que seriam usadas para acomodar os ovos de serpentes. Com isso, a polícia informou que "vê indícios" de que Pedro e outros três amigos reproduziam as cobras em cativeiro. Ainda de acordo com a corporação, a naja pode ser vendida por até R$ 20 mil no mercado ilegal.

Os três investigados, além de Pedro, são estudantes de medicina veterinária na instituição de ensino privado Faciplac, no Gama. Na sexta (10), eles foram ouvidos pela corporação. Um deles, Gabriel Ribeiro - que segundo a investigação foi quem abandonou a cobra após o acidente - "preferiu ficar em silêncio", disseram os policiais. O G1 não conseguiu contato coma defesa.

E a cobra?

A naja resgatada está sob os cuidados de veterinários e biólogos do Zoológico de Brasília desde que foi abandonada em uma caixa, perto de um shopping, no Lago Sul.

Durante a semana, a serpente passou por exames. Ela deve ficar no zoológico até haver uma definição dos órgãos ambientais para o destino do animal.

Na sexta (10), o Zoo fez um ensaio fotográfico com a cobra. O autor dos cliques é o voluntário Ivan Mattos. O fotógrafo contou ao G1 que levou cerca de 1 hora para tirar fotos do animal, separados por uma barreira de vidro. O ambiente é vedado, e para o manuseio, foi necessário seguir protocolos de segurança.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Tags

Relacionadas