Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > BRASIL

Entregador de aplicativo é ameaçado durante entrega

'Ele falou que anotou a minha placa, falou que anotou meu nome, que ia me matar porque era da milícia', contou o motoboy. Caso foi registrado na 32ª DP (Taquara)

Um entregador de aplicativo foi ameaçado por um cliente por não subir no apartamento para entregar o lanche. Ele gravou um vídeo e registrou a ocorrência na Polícia Civil.

Robson José da Silva contou que trabalha como entregador há três anos. E, por volta de 23h do último domingo (19), foi realizar uma entrega em um condomínio na Estrada do Camorim, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Ele disse que avisou na portaria e mandou mensagem para a conta que aparecia no aplicativo como responsável, que deveria descer e pegar o pedido pois ele não poderia subir. A dona da conta, uma mulher, respondeu dizendo que todos os entregadores sempre iam até a porta do apartamento dela.

Leia também

O entregador afirmou que, minutos depois, um homem desceu bastante alterado para falar com ele na portaria e, por isso, começou a filmar.

“Tu é brabo da onde, meu parceiro?”, disse o homem.

“Eu só não posso subir”, respondeu o entregador.

“Aqui tu só morre por causa de milícia, meu parceiro, se eu descesse armado, te dou uma coronhada, seu filho da ****”, disse o morador.

Robson disse que, no domingo, estava trabalhando desde 8h e que o homem desceu muito nervoso.

"Cheguei no condomínio para fazer uma entrega no aplicativo. Pedi para o porteiro interfonar para o cliente, que se negou a descer para pegar o pedido. E, na mesma hora, falou que ia cancelar. Eu falei ok, vou entrar no suporte, vou fazer o cancelamento e devolver para a loja. Na mesma hora, coisa de 5 minutos para entrar no aplicativo, ele desceu, perguntou por que eu não subi. Eu falei que não era obrigado a subir”, disse Robson.

O entregador contou que foi ameaçado.

“E já começou com ameaça falando que era miliciano, como isso está no vídeo, falando que era miliciano, falando que eu dei sorte que ele não desceu armado para me dar uma coronhada, entendeu? Ele falou que anotou a minha placa, falou que anotou meu nome, que ia me matar porque era da milícia, entendeu? “, afirmou Robson.

Por conta da ameaça, o entregador decidiu ligar para a polícia e uma equipe da Polícia Militar foi ao local. De acordo com Robson, o homem não quis se identificar para os policiais.

Depois, o entregador procurou a 32ª DP (Taquara) e prestou uma queixa por injúria e ameaça.

Protesto

Com a repercussão do caso, dezenas de outros entregadores fizeram um protesto na frente do condomínio no fim da tarde de segunda (20). Levando faixas e cartazes, eles pediam mais respeito à categoria.

“Já era a última entrega, finalizando para ir para casa, entendeu? Tenho filho me esperando, tenho esposa, entendeu? Eu me senti muito ameaçado, fiquei com medo. Tanto que sai de lá, não esperei a viatura no local porque ele falou que ia chamar os parceiros dele, os amigos dele, entendeu? Eu espero justiça e que a justiça seja feita. Vou tomar as providências, já tenho o boletim de ocorrência, vou dar entrada no processo contra ele”, destacou Robson.

Outro caso

No mês passado, o entregador Yuri Moraes de Araújo, de 21 anos, foi agredido a tapas por um morador depois de se recusar a subir para entregar um pedido em um apartamento em Campo Grande, na Zona Oeste da cidade.

O cliente era o policial penal Alex Ramos Cabral, de 43 anos, que confessou as agressões à polícia.

Na ocasião, o entregador contou ainda que percebeu que o homem estava exaltado ainda na janela de casa e desceu armado.

De acordo com a Polícia Civil, o caso foi inicialmente divulgado como vias de fato mas, caso o exame aponte lesão, o crime será alterado por lesão corporal.

Plataforma

Sobre os casos de Robson e Yuri, a plataforma iFood afirmou por meio de nota que a violência é inaceitável e que preza pelo respeito nas relações entre entregadores, clientes e restaurantes.

A empresa afirmou ainda que a conta de Alex foi identificada e banida da plataforma, conforme previsto nos termos e condições.

Ainda de acordo com a iFood, descer para buscar o pedido é uma maneira de, no dia a dia, de demonstrar respeito aos entregadores. E que não existe obrigatoriedade e nem nenhuma exigência da plataforma para realizar a entrega diretamente no apartamento do cliente, por entender que existem variáveis como regras do condomínio, condições de segurança ou por não existir condições de estacionamento para as motos na via pública, por exemplo.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Relacionadas